Médico colombiano acusado de abuso sexual de pacientes é indiciado por estupro de vulnerável no Rio

Uma semana após prender acusado, Polícia Civil conclui investigação sobre um dos crimes; advogados do anestesista não foram encontrados para se pronunciar

PUBLICIDADE

Atualização:

RIO - A Polícia Civil do Rio indiciou nesta segunda-feira, 23, o médico anestesista colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo, de 32 anos, por estupro de vulnerável. Ele está preso temporariamente por 30 dias desde o dia 16, e nesta segunda-feira a Polícia Civil pediu à Justiça a conversão dessa prisão em preventiva, cujo prazo é indeterminado.

PUBLICIDADE

Investigado inicialmente sob acusação de produzir e armazenar vídeos e fotos de pornografia infantil, em depoimento à polícia ele admitiu ter praticado dois estupros de pacientes, segundo a Polícia Civil. Um aconteceu no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, que é da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Outro ocorreu no Hospital Estadual dos Lagos, em Saquarema, na Região dos Lagos.

Foram instaurados dois inquéritos – um para cada acusação. A investigação encerrada nesta segunda-feira refere-se ao hospital da UFRJ. A outra apuração está em andamento. Um terceiro procedimento investiga o médico por suposta exploração sexual infantil.

O inquérito concluído pela Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) será encaminhado ao Ministério Público do Rio (MP-RJ), que vai decidir se denuncia o médico, arquiva o caso ou pede mais investigações. Se for processado e considerado culpado, o médico pode ser punido por esse crime com até 15 anos de prisão

Publicidade

Médico colombiano foi preso por policiais da DCAV Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Estupro

O suposto crime no hospital da UFRJ aconteceu em 5 de fevereiro de 2021. Carrillo estava terminando um curso de especialização em anestesia e foi escalado para atuar durante uma cirurgia como estagiário – ele não tinha autorização para trabalhar como médico. O colombiano participou da cirurgia de uma mulher de 55 anos que precisou retirar o útero. A família da vítima estranhou a demora para que a anestesia perdesse seu efeito.

O Estadão tenta localizar representantes do médico para que se pronunciem sobre seu indiciamento, sem sucesso até a publicação desta reportagem.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.