Menor é detido por suspeita de envolvimento na morte de PM na Rocinha

O soldado Diego Bruno Barbosa Henriques, de 25 anos, foi atingido por um tiro na cabeça

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Por Marcelo Gomes - Agência Estado
Atualização:

Texto atualizado às 21h25.

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RIO DE JANEIRO - Um adolescente foi apreendido nesta sexta-feira, 14, sob suspeita de envolvimento no assassinato de um policial militar, na favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro.

O soldado Diego Bruno Barbosa Henriques, de 25 anos, foi atingido por um tiro de pistola calibre 9 milímetros na cabeça, quando fazia patrulhamento na parte alta da favela. Ele chegou a ser levado ao Hospital Miguel Couto, no Leblon, mas não resistiu.

O caso aconteceu faltando uma semana para a inauguração da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela da Rocinha, em São Conrado. Este é o terceiro caso de morte de policiais em favelas com UPPs ou em processo de pacificação desde o início do programa, em dezembro de 2008. A UPP da Rocinha será inaugurada na próxima quinta-feira.

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Após o ataque, o policiamento foi reforçado na Rocinha. Cerca de 130 homens fizeram uma operação nesta sexta-feira para procurar os assassinos do soldado. O menor suspeito de envolvimento no crime foi detido em casa, após uma ligação feita ao Disque-Denúncia (21-2253-1177). No imóvel, os PMs encontraram munição de pistola 9mm, o mesmo tipo que vitimou Diego. Aos PMs que o prenderam, o menor teria confessado o crime, dizendo que estava com dois comparsas. Entretanto, em depoimento na Divisão de Homicídios (DH), o adolescente negou a versão.

  Diego e outros três policiais patrulhavam a favela a pé quando foram surpreendidos pelos bandidos na esquina do Beco 99 com o Caminho do Terreirão, na parte alta da comunidade. A polícia encontrou dois carregadores de pistola 9 mm no local nesta sexta. Também havia várias pichações em muros e portões com o apelido do jovem suspeito detido, e a sigla da facção criminosa que dominava a Rocinha. Twitter. Pelo twitter, o governador Sérgio Cabral (PMDB) garantiu que não haverá retrocesso nas comunidades pacificadas: "O ataque de ontem na Rocinha é mais uma ação desesperada dos marginais. A diferença é que até 2 anos atrás a polícia era a invasora. Agora, o bandido é o invasor. A paz é o nosso objetivo para todas as regiões do nosso estado", escreveu o governador no microblog.

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