Monotrilho: Metrô demite três funcionários que trabalhavam durante colisão de trens

Os operadores das duas composições, além de um funcionário que trabalhava na parte operacional da Linha 15-Prata, foram dispensados

PUBLICIDADE

Foto do author Marcio Dolzan
Atualização:

O Metrô de São Paulo demitiu três funcionários que trabalhavam no momento em que houve a colisão frontal entre dois trens do Monotrilho, em 8 de março. O acidente aconteceu entre as estações Sapopemba e Jardim Planalto, na zona leste da capital paulista, antes do início da operação comercial.

Os demitidos são os dois funcionários que estavam no controle dos trens, além de outro que cuidava do sistema operacional da Linha 15-Prata, onde ocorreu o acidente. Na ocasião, os dois controladores tiveram ferimentos, mas sem gravidade.

Colisão entre dois trens do Monotrilho aconteceu em 8 de março e deixou os operadores feridos, mas sem gravidade. FOTO: FELIPE RAU/ESTADAO  

PUBLICIDADE

À época, o Metrô iniciou uma investigação para definir a causa da colisão. Imagens de câmeras de monitoramento mostraram que um dos trens estava na “contramão”, no sentido centro, enquanto o outro seguia no sentido correto.

Nesta sexta-feira, a empresa confirmou a demissão dos três funcionários, mas não revelou o motivo. Os nomes deles não foram informados. O Estadão entrou em contato com o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, mas até o momento não houve retorno.

Publicidade

Linha apresenta histórico de problemas

Há um histórico de problemas no monotrilho da Linha 15-Prata, por onde circulam 115 mil passageiros diariamente. Em janeiro de 2019, dois trens bateram perto da estação Sapopemba. Como agora, o acidente ocorreu fora do horário de atendimento aos passageiros. A colisão ocorreu à noite, durante uma manobra. Um laudo do Metrô apontou falha humana.

Em 27 fevereiro de 2020, um jogo de pneus da composição M20 estourou, o que levou o Metrô a paralisar a linha. O motivo do estouro foi o contato do pneu com uma peça interna na roda, chamada run-flat, que caiu na Avenida Professor Luís Inácio de Anhaia Melo.

O run-flat é um disco metálico que serve para manter o trem em condições de trafegar em caso de esvaziamento. O Metrô suspendeu a operação do ramal por segurança e após meses de testes e análises, a empresa modificou o diâmetro do run-flat para evitar o contato.

Em 22 de setembro de 2022, um pedaço de concreto da viga do monotrilho entre as estações Oratório e São Lucas se destacou e caiu na ciclovia da Avenida Professor Luís Inácio de Anhaia Mello. O Metrô de São Paulo alegou que se tratava de um serviço de manutenção.

Publicidade

Já no dia 11 de janeiro de 2023, um pedaço de concreto em uma das vigas se destacou, entre as estações Vila Prudente e Oratório, causando a interrupção do trecho entre as estações Vila Prudente e Vila União. Desde o início das operações, às 4h40, o meio de transporte funcionou com restrições, sendo liberado integralmente às 16h15.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.