Morre Doca Street, assassino de Ângela Diniz

Ele matou a socialite após ela encerrar o relacionamento entre os dois; crime foi em Búzios, no litoral fluminense, há 44 anos

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Por Redação
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Assassino confesso da socialite Ângela Diniz, Raul Fernando do Amaral Street, conhecido como Doca Street, morreu nesta sexta-feira, aos 86 anos. A informação é do jornal O Globo, que acrescenta ainda que a causa da morte teria sido uma parada cardíaca.

O assassinato de Ângela Diniz, que completará 44 anos no próximo dia 30, aconteceu em uma casa de veraneio na Praia dos Ossos, em Búzios, na Região dos Lagos. Naquele dia, a socialite havia decidido encerrar o relacionamento com Doca. Inconformado, ele foi até o carro, pegou uma arma e atirou quatro vezes contra o rosto dela.

Imagem do julgamento de Doca Street no Fórum de Cabo Frio, no Rio Foto: Plinio Santos/Estadão - 10/1979

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O julgamento do caso aconteceu apenas em 1979. Doca Street foi representado pelo renomado advogado Evandro Lins e Silva, que usou como tese de defesa a "legítima defesa da honra". Para convencer o júri, afirmou que Ângela Diniz era uma "mulher fatal", capaz de levar qualquer homem à loucura.

Doca Street acabou condenado a apenas dois anos de prisão, que pôde responder em liberdade. A sentença branda, contudo, mobilizou o movimento feminista. Graças aos protestos, Doca Street foi levado novamente a julgamento em 1981. Dessa vez, foi condenado a 15 anos de prisão por homicídio. Ele cumpriu apenas quatro em regime fechado. Depois, progrediu para o semi-aberto e acabou solto em 1987.

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O nome de Doca voltou à tona este ano com o lançamento do podcast Praia dos Ossos, da Rádio Novelo, que recontou a história de Ângela e do crime em oito episódios. 

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