Morto no RJ ex-PM acusado de matar delegado

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O ex-policial militar Alexandre Lins Medeiros, de 39 anos, preso em 2003 por ter se tornado armeiro do tráfico, matou o delegado Alcides Iantorno com um tiro na nuca, no último domingo, informou o chefe de Polícia Civil, Gilberto Ribeiro. A motivação do crime: vingança pela prisão, feita pela equipe de Iantorno. Medeiros foi morto na tarde de hoje em confronto com policiais civis, em Rocha Miranda, na zona norte da cidade. A polícia chegou a Medeiros pelas imagens do circuito interno de tevê do Supermercado Zona Sul, onde Iantorno foi morto. O ex-policial aparece de camisa vermelha e boné preto, com uma mochila nas costas, comprando pão. As imagens foram distribuídas para todas as delegacias. Ele foi reconhecido por policiais da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos por um detalhe: o andar característico, com os pés abertos. Equipes passaram a procurá-lo em seus endereços em Rocha Miranda e Recreio dos Bandeirantes, zona oeste, e numa padaria que costumava freqüentar em Jacarepaguá, também na zona oeste. Medeiros foi localizado em Rocha Miranda. Ele havia chegado ao local num Corsa branco, aparentava estar agitado e ainda usava as mesmas roupas de domingo. Ao ser abordado, o ex-policial teria reagido e feito um disparo. Os policiais civis atiraram. Medeiros foi atingido na cabeça e no peito. "Tudo leva a crer que tenha sido vingança. As outras linhas de investigação (represália de grupos de milícia ou jogo do bicho) foram totalmente descartadas. Ele parece ser desequilibrado", afirmou Ribeiro. "Não posso afirmar que estivesse drogado, mas o fato de não ter trocado de roupa, ter feito o disparo, na hora do crime, em local movimentado e não voltar para ver se a vítima estava morta, tudo indica que não tinha muita preocupação com o que estava acontecendo", afirmou. Na casa de Medeiros, no Recreio, a polícia encontrou cartas para a mulher, em que ele relatava estar drogado havia dois dias, reportagens de jornal sobre sua prisão, algumas delas plastificadas, e um bloco de notas, com endereços, placa de carro e telefone de Iantorno. Nesse bloco, também havia dados do promotor público José Luiz Ferreira Marques e de um policial civil identificado apenas como inspetor Monteiro. A polícia ainda não sabe se Marques e Monteiro também atuaram na prisão de Medeiros.

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