Uma jovem motociclista morreu hoje ao ser atingida por uma linha com cerol (mistura de cola de madeira e vidro moído que se passa na linha das pipas), em Sorocaba, no interior de São Paulo. A lojista Eglen Aparecida de Araújo Sales, de 23 anos, transitava por um trecho urbano da Rodovia Raposo Tavares e não viu a linha com substância cortante que estava enroscada numa passarela de pedestres, na altura do quilômetro 97. Alcançada em cheio no pescoço, Aparecida foi arrancada da motocicleta. Ela usava capacete, mas, mesmo assim, o fio quase a decapitou, cortando 80% do pescoço. Uma amiga que estava na garupa também caiu, mas não foi tocada pelo cortante. Quando o Corpo de Bombeiros chegou, encontrou Aparecida morta. A amiga entrou em estado de choque e teve de ser levada para o Hospital Regional da cidade. A pessoa que empinava o papagaio não foi localizada. Na região, a rodovia corta o bairro dos Morros e a Vila Sabiá. O uso do cerol é proibido por lei municipal. Há dois anos, um motociclista também teve a garganta cortada por uma linha, mas sobreviveu. Em 2002, um acidente semelhante matou o empresário Rodrigo Cerriá.
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