Passados quase quatro anos da inauguração do Túnel Max Feffer, sob a Avenida Cidade Jardim, motoristas e comerciantes divergem sobre a real necessidade da obra. "Só agora estamos conseguindo recuperar parte dos clientes. Muitos não voltaram porque passam pelo túnel e não vêem a loja", contou a vendedora Regina de Moraes. As obras para a construção da passagem começaram em janeiro de 2004 e oito meses depois ela estava aberta ao tráfego. "Não vi muita mudança. Ainda temos que enfrentar congestionamento para entrar no túnel e o acesso à Avenida Cidade Jardim ficou mais difícil", analisou o taxista Ademir Neves. Há 15 anos ele trabalha em um ponto próximo da Rua Amauri, no Itaim-Bibi, a cerca de 150 metros do túnel. "Se tivessem feito ao longo da Avenida Faria Lima acho que seria melhor", opinou. Apesar das considerações de alguns cidadãos, dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mostram que cerca de 2,4 mil veículos utilizam o túnel em casa sentido nos horários de maior trânsito. Antes da obra, 8 mil carros passavam por hora no trecho. "Depois que a gente entra no túnel realmente é mais rápido", declarou o motorista Eduardo Gomes Machado. Além disso, a CET informou que a redução dos veículos que cruzam a Faria Lima, na superfície, trouxe principalmente benefícios para os pedestres.
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