Um dia após receber inquérito da Polícia Civil, o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) resolveu denunciar o policial militar Luís Paulo Mota Brentano, de 25 anos, acusado de matar a tiros o surfista Ricardo dos Santos, por homicídio triplamente qualificado, abuso de poder e embriaguez ao volante. O crime aconteceu no dia 19 de janeiro na Guarda do Embaú, em Palhoça.
O promotor do caso, Alexandre Carrinho Muniz, titular da 8ª Promotoria de Justiça de Palhoça, considerou que o surfista, conhecido como Ricardinho, de 24 anos, foi morto por motivo fútil, não teve possibilidade de defesa e o policial militar pôs em risco outras pessoas ao disparar em um local com alta frequência de moradores e turistas. A acusação entendeu, ainda, que o porte de água é uma "prerrogativa de seu cargo", o que caracterizaria abuso de poder, e que Brentano teria consumido uma grande quantidade de álcool na madrugada anterior.
Tudo começou quando o avô de Ricardinho pediu a Brentano, que estava acompanhado do irmão de 17 anos, para retirar o carro estacionado na porta da casa do atleta, onde seria realizada uma obra de encanamento. Como o policial se negou a atender o pedido, o surfista foi tirar satisfações, mas acabou atingido por três tiros no tórax e no abdômen - efetuados de dentro do veículo.
Ricardinho chegou a ser submetido a quatro cirurgias, mas não resistiu e morreu no Hospital Regional de São José, em Santa Catarina, no dia seguinte. Brentano, policial do 8º Batalhão de Joinville, foi preso em flagrante, depois convertido para prisão preventiva. A denúncia do Ministério Público foi encaminha à Justiça, que vai decidir se aceita a acusação para dar início ao processo.
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