Morreu na terça-feira, 21, a mulher do fisiculturista que foi preso na sexta-feira, 17, em Aparecida de Goiânia, município que integra a região metropolitana de Goiânia, em Goiás, sob a acusação de tentativa de feminicídio contra a companheira, de acordo com a Polícia Civil do Estado. Conforme a Secretaria da Saúde do Estado, a vítima estava internada no hospital particular Santa Mônica. Procurada, a rede de saúde não foi localizada.
A vítima deu entrada inconsciente na unidade de saúde no dia 10 de maio, sendo levada pelo próprio companheiro, que, na ocasião, alegou que ela havia sofrido uma queda de altura.
Lesões não condizem com queda, afirmou a polícia
A mulher apresentou quadro de múltiplas lesões, dentre as quais traumatismo craniano no lado direito, esquerdo e base do crânio, oito costelas quebradas, clavícula fraturada, escoriações pelas coxas, boca e olhos, dentre outras. Ela estava em coma e seguia internada em estado grave em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas de acordo com a Polícia Civil, não resistiu aos ferimentos.
“O hospital, após observar a incompatibilidade das lesões apresentadas pela vítima e as alegações do companheiro, comunicou a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia”, disse a polícia que passou a investigar o caso.
Após diligências, apurou-se que o investigado já respondeu por vários processos envolvendo violência doméstica tanto com a ex-namorada, quanto com a atual companheira, inclusive com deferimento de medidas protetivas.
Uma semana após a internação da mulher, o homem foi preso sob a acusação de tentativa de feminicídio contra a companheira. Com a morte da vítima, ele deverá responder agora por feminicídio consumido. O inquérito deve ser concluído nos próximos dias.
Não há informações sobre a identidade do suspeito e, desta forma, sua defesa não foi localizada.
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