Mulheres já são as principais responsáveis por quase metade dos lares brasileiros, diz IBGE

Segundo o Censo 2022, 50,9% dos domicílios tinham uma pessoa do sexo masculino como responsável, contra 49,1% do sexo feminino; em 2010 as porcentagens eram 61,3% e 38,7% respectivamente

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Foto do author Roberta Jansen
Atualização:

Uma mudança estrutural importante captada pelo Censo 2022 diz respeito a maior porcentagem de mulheres e negros como os principais responsáveis pelas unidades domésticas.

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Números inéditos divulgados na manhã desta sexta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em 2022, 50,9% eram homens (37 milhões) e 49,1%, mulheres (36 milhões); uma alteração significativa em relação a 2010, quando o porcentual de homens à frente do comando dos lares era muito maior (61,3%) do que o de mulheres (38,7).

Além disso, em pelo menos dez Estados, o percentual de mulheres responsáveis pela unidade doméstica já é maior que o de homens. Veja abaixo a lista:

  1. Pernambuco (53,9%)
  2. Sergipe (53,1%)
  3. Maranhão (53,0%)
  4. Amapá (52,9%)
  5. Ceará (52,6%)
  6. Rio de Janeiro (52,3%)
  7. Alagoas (51,7%)
  8. Paraíba (51,7%)
  9. Bahia (51,0%)
  10. Piauí (50,4%)

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Dados do Censo 2022 revelam que o número de lares chefiados por mulheres já é praticamente a metade; em dez estados, o porcentual já ultrapassou os 50%. FOTO: Ross Helen/Adobe Stock Foto: RossHelen/Adobe Stock

Uma outra alteração significativa diz respeito à raça. Em 2022, pela primeira vez, a proporção de pardos (43,8%) superou a de brancos (43,5%) entre os responsáveis pelas unidades domésticas. Em 2010, os índices eram, respectivamente, 40,0% e 49,4%.

A configuração familiar também foi modificada últimos anos. De 2010 para 2022, a proporção de unidades domésticas com pessoa responsável, cônjuge e filhos de ambos recuou de 41,3% para 30,7%, enquanto a proporção de unidades com responsável, cônjuge e filho de um dos cônjuges reduziu de 8% para 7,2%. No mesmo período, a proporção de casais sem filhos subiu de 16,1% em 2010 para 20,2% em 2022.

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