A ideia de ver Toronto iluminada enquanto provava pratos canadenses acompanhados de vinho era sedutora. Almoçar ou jantar no 360, restaurante da CN Tower, é comer num ponto turístico do Canadá. Mas também possibilita uma experiência completa se você unir a refeição no piso giratório à visita ao cartão-postal. A cada 72 minutos, dá-se uma volta completa.
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Eu já tinha visto a CN Tower de muitos ângulos. Em Toronto, você está andando na rua e, de repente, aparece aquela agulha no horizonte. Também tinha visitado a torre, andado no chão de vidro (a 342 metros) e apreciado a vista 105 metros acima, no SkyPod, o andar mais alto. Mas jantar no giratório 360 Restaurant, não. Então, adorei quando recebi esse convite do Tourism Toronto, que fomenta o turismo na cidade e que me recebeu na viagem em dezembro de 2016.

Pratos e vinhos do 360 Restaurant
A proposta do restaurante 360 é valorizar ingredientes canadenses, garantindo o frescor dos produtos e a sustentabilidade de pequenos produtores. O menu de almoço e de jantar troca duas vezes por ano, com pratos pensados para o verão (válidos a partir de maio) e para o inverno (desde novembro). Os pratos apresentam uma amostragem da gastronomia do país, com ingredientes e comidas típicas do Canadá, como maple e queijos de Québec.
Vale a pena comer no restaurante da CN Tower? Eu curti jantar lá, achei a comida boa, mas é bom ressaltar que há muito lugar onde apreciar gastronomia em Toronto. Então, você não vai se sentar no 360 Restaurant meramente por causa da refeição. Ali a vista importa tanto quanto a comida. Dá para aproveitar o visual a cerca de 350 m de altura enquanto se degusta a culinária canadense.
À mesa, há de frutos do mar das províncias do Atlântico a carnes das montanhas. Tudo isso acompanhado de uma taça de tinto ou branco de Ontario e de British Columbia, duas províncias com importantes áreas de produtores de vinho do Canadá.

Instalada a 351 metros, a adega do restaurante da CN Tower é a mais alta do mundo, título registrado no Guinness World Record Book. Aberta em 1997, acomoda 9 mil garrafas de 550 rótulos canadenses e estrangeiros. É possível experimentar ainda o icewine no Canadá, vinho de uvas congeladas, sem ir à região de Niagara-on-the-Lake ou às Cataratas do Niágara.

O 360 Restaurant funciona para o almoço das 11 horas às 14 horas, e no jantar das 16h30 às 22 horas. É recomendado fazer reservas online ou pelo telefone 416-362-5411. O acesso ao dois andares com piso de vidro está permitido sem pagamento extra para cada visitante que comer uma refeição do prix fixe menu no almoço (a partir de 60 dólares canadenses) ou no jantar (desde 65 dólares canadenses).
Visita à CN Tower, com piso de vidro
Indo ou não ao restaurante, o passeio começa do mesmo jeito: são 58 segundos para vencer 33 andares, dentro do elevador de vidro, até o LookOut, piso a 346 metros. Desde julho de 2018, esse andar conta com chão de vidro também, além do outro que existia desde 1994 quatro metros abaixo. Nessa reforma mais recente, o LookOut também ganhou janelas panorâmicas, transparentes do chão ao teto.
Com a altura total de 553 metros, a CN Tower é um símbolo de Toronto. Erguida em 1976, a torre foi incluída entre as Sete Maravilhas do Mundo Moderno em 1995 pela Sociedade Americana de Engenharia Civil -- na lista da instituição, também está a Usina Hidrelétrica de Itaipu.

Em 2010, quando conheci a CN Tower, visitei todos os pisos abertos ao público, incluindo o SkyPod, o mais alto (a 447 metros) e de ingresso pago à parte. Apesar da altura, lá o chão não é transparente, então apreciei a vista de Downtown e do Lake Ontario. Quando cheguei ao único piso de vidro à época, no andar a 342 metros, vi dezenas de crianças sentarem, deitarem e até rolarem no chão de vidro, mas não me animei nem a me agachar. Só fiz o registro fotográfico de uma pisadinha rápida.
Apenas quando voltei à torre em 2016, quis me sentar no piso transparente, após jantar no 360 Restaurant. Talvez porque eu já não esteja tão medrosa em relação à altura, talvez porque fosse de noite e eu não via claramente o chão à distância de 342 m lá embaixo (acredito mais na 2ª alternativa). Vamos ver se eu encaro essa transparência dupla numa próxima, e de dia!

* Nathalia Molina é jornalista de viagem. Também escreve o Como Viaja, com dicas e experiências no Brasil e no exterior. Acompanhe pelo instagram ComoViaja