O Níger negou neste sábado que tenha permitindo a Saadi Gaddafi deixar o país, onde cumpre prisão domiciliar após ter fugido da Líbia no ano passado. O advogado de Saadi, Nick Kaufman, disse à rede de televisão France 24 que o Níger tinha permitido ao cliente dele --um dos filhos do ex-ditador líbio Muammar Gaddafi-- deixar o país e que a defesa pediu asilo político a outros países. A Líbia quer julgar o empresário de 39 anos por supostamente ter se apropriado de bens de maneira ilegal e ter usado armas como meio de intimidação enquanto presidia a Federação Líbia de Futebol. A Interpol, a pedido da Líbia, no ano passado emitiu um alerta vermelho para que os países prendessem e extraditassem Saadi, mas o Níger alegou vários motivos para não o fazer. O advogado disse que "não era segredo" que o Níger havia permitido a saída de Saadi. O canal, sem citar fontes, afirmou que a África do Sul era um dos países que estavam analisando o pedido de asilo. No entanto, um representante do governo do Níger negou à Reuters neste sábado que as autoridades tenham dado essa permissão. "Nunca decidimos sobre isso e não temos a ideia de onde o advogado tirou isso", declarou Marou Amadou. O governo da África do Sul negou que tenha recebido pedido de asilo político por parte de Saadi, que pelas sanções da ONU não pode viajar e teve aos bens congelados. Um irmão de Saadi, Saif al-Islam, deve ir a julgamento neste ano na Líbia por crimes de guerra. (Por Abdoulaye Massalatchi)
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