Nuci e aversão ao risco puxam juros

Avanço do Nível de Utilização da Capacidade Instalada em novembro indica expansão forte da economia em 2010

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As taxas de juros fecharam em alta ontem, impactadas por notícias locais e do exterior. Aqui, a pressão foi induzida pelo forte resultado do Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), pela expectativa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de janeiro, que será conhecido hoje, e ainda o leilão de títulos do Tesouro Nacional. Lá fora, sobretudo, os dados fortes de atividade na China e a pressão inflacionária elevaram o receio de um aperto monetário no país em breve. O juro para janeiro de 2011 avançou a 10,37% e para janeiro de 2013, a 12,40%. Nos Estados Unidos, a proposta do presidente Barack Obama de limitar o tamanho dos megabancos e restringir suas atividades e os riscos que poderão assumir elevou o sentimento de apreensão, que já inquietava os investidores desde cedo por causa da China. Além disso, a difícil situação fiscal da Grécia e Portugal e os indicadores norte-americanos piores do que as previsões ajudaram a minar o humor. O Ibovespa cedeu 2,83%, aos 66.270,14 pontos, ampliando a perda em dois dias para 5,4%. No mês/ano, a queda é de 3,38%. Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 2,01% e o Nasdaq, 1,12%. O dólar no balcão teve a 3ª alta, para R$ 1,80 (+0,45%).

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