No momento em que várias cidades brasileiras registram recorde histórico de calor, Cuiabá, uma das capitais mais quentes do País, teve nesta segunda-feira, 25, grandes avenidas praticamente sem pedestres, carros com vidros fechados e a população procurando proteger-se das altas temperaturas com sombrinhas, chapéus e em lugares com ar-condicionado. Nos termômetros de rua, as temperaturas alcançaram os 44ºC.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), uma intensa onda de calor se instalou na capital do Mato Grosso. A cidade enfrentará altas temperaturas, podendo chegar até a 46°C, cinco graus acima da média.
O inverno de 2023, que acabou na última sexta-feira, 22, foi o mais quente na cidade em 63 anos de medição do Inmet, em um reflexo direto do fenômeno El Niño.
Adão Batista da Silva, de 67 anos, que há dois anos vende copos garapa cheios de gelo nos faróis da cidade, disse que durante a manhã desta segunda-feira havia vendido 46 deles. No período da tarde, porém, só 14 haviam saído. Motivo: os motoristas não queriam abrir os vidros para evitar que o calor entrasse nos carros.
A cidade, aliás, tem diversos drive thrus de água de coco gelada pela mesma razão. Ninguém quer deixar o ambiente protegido do calor, nem mesmo para se hidratar.
Na Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso, funcionários levaram de casa vaporizadores que ajudavam a manter a umidade e um pouco de frescor no ambiente mantido numa temperatura suportável com o ar-condicionado.
Onda de calor e recorde em Minas Gerais
Belo Horizonte registrou entre as 13h e 14h desta segunda-feira 38,6°C, a maior temperatura da capital mineira dentro da série histórica iniciada em 1910. Antes, a maior temperatura já registrada na cidade havia sido 38,4°C, no dia 7 de outubro de 2020.
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