Trinta e quatro pessoas - entre elas quatro policiais - foram presas nesta terça-feira, 6, dentro da Operação Canaã, deflagrada pelas polícias civil e militar de Pernambuco, com a participação de 380 homens, em seis municípios da região metropolitana do Recife. O objetivo da operação, considerada uma das maiores já realizadas no Estado, é o de desbaratar grupos de extermínio, roubo e tráfico de drogas. Os policiais - um civil e três PMs - são suspeitos de repassaram informações sigilosas da polícia às quadrilhas com que estavam envolvidos. Uma advogada, além de receptadores e traficantes de armas, comerciantes e criminosos foragidos da Justiça também se encontram entre os presos, de acordo com a Secretaria estadual de Defesa Social (SDS). Três veículos, cinco revólveres calibre 38, quatro pistolas, munição, crack e cerca de R$ 9 mil foram apreendidos. Foram expedidos pela justiça de Jaboatão dos Guararapes - segundo município mais violento de Pernambuco - 41 mandados de prisão e 47 mandados de busca. A Canaã nasceu de investigações iniciadas em junho e identificou pelo menos 35 crimes de homicídio de responsabilidade da quadrilha, formada pelos integrantes da Canaã - com atuação em Jaboatão dos Guararapes - e remanescentes do grupo de extermínio Thundercats, cujas lideranças haviam sido presas em outra operação. Este grupo atuava no bairro de Jardim São Paulo, no Recife. Depois da prisão dos líderes, o restante se uniu à Canaã. Com a prisão do líder da quadrilha Canaã, Marivaldo do Nascimento, e do soldado reformado da PM, Eduardo Moraes, líder da "turma do apito", espécie de milícia que atuava em Cavaleiro, também em Jaboatão dos Guararapes, a polícia acredita ter desativado as duas principais quadrilhas do município. Segundo a SDS, este ano foram desbaratados 12 grupos de extermínio em todo o Estado, com a prisão de 120 pessoas.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.