Operação que deixou 234 feridos no Paraná custou R$ 1 milhão
PM usou 1 bomba para cada 15 docentes e deu 20 tiros por minuto
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Por Julio Cesar Lima
Atualizada às 22h11
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CURITIBA - Uma bomba para cada 15 professores, uma bala de borracha para cada dez e 20 tiros por minuto na direção do magistério pelo custo de R$ 1 milhão. Esse foi o custo da operação militar que resultou no confronto entre policiais e professores, no dia 29 de abril, que deixou um saldo de 234 feridos (21 policiais). E o valor pode ser ainda maior.
Só o documento apresentado pela PM sobre os gastos com armas e munições, exigido pelo Ministério Público de Contas (MPC) logo após os conflitos, se aproxima desse valor (R$ 948 mil). E outros setores do governo também devem entregar seus relatórios de gastos.
Segundo o documento da polícia, foram disparadas 2.323 balas de borracha e 1.413 bombas de fumaça, gás lacrimogêneo e de efeito moral, além de terem sido usadas 25 garrafas de spray de pimenta pelos 2.516 policiais que atuaram na operação.
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Os policiais que participaram da ação, coordenada pelo ex-comandante da PM, coronel Cesar Kogut, eram em sua maioria de Curitiba (1.661). Havia 855 do interior. Esse efetivo consumiu R$ 550 mil e as munições de menor poder ofensivo chegaram a R$ 395 mil.
Investigações. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) deve entregar em 30 dias os resultados das investigações feitas desde o dia 30. No total, são 3.600 páginas em 18 volumes. Foram prestados 294 depoimentos ao MP – 187 em registro audiovisual.
Na abertura da fase de depoimentos, o promotor Olympio de Sá Sottomaior preferiu não antecipar nenhum resultado, mas disse que toda a cadeia de comando seria ouvida, ao passo que “houve indícios de exageros” na ação policial, que ainda fugiu “dos padrões”.
Protesto. Nesta sexta, quando se completou um mês do conflito, os professores do Paraná fizeram um ato com cerca de 10 mil manifestantes. A marcha “29 de abril”, como foi intitulada, percorreu as ruas de Curitiba e terminou com um ato no Palácio Iguaçu, sede do governo.
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Confrontos em Curitiba
1 / 15Confrontos em Curitiba
PM e professores voltam a entrar em confronto no Paraná
Professores e policiais militares entraram em confronto próximo à Assembleia Legislativa do Paraná Foto: Prefeitura de Curitiba
Confrontos em Curitiba
Cerca de 150 pessoas ficaram feridas e algumas delas estão em estado grave Foto: Prefeitura de Curitiba
Confrontos em Curitiba
Ambulâncias do Samu foram acionadas para socorrer os manifestantes feridos Foto:
Confrontos em Curitiba
Os feridos foram levados para o subsolo do prédio da Prefeitura de Curitiba Foto: Prefeitura de Curitiba
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O local foi transformado em uma espécie de 'ambulatório' Foto: Prefeitura de Curitiba
Confrontos em Curitiba
Os professores acompanhavam a votação de um projeto na Alep Foto: Prefeitura de Curitiba
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Professores e policiais militares entraram em confronto próximo à Assembleia Legislativa do Paraná Foto: Prefeitura de Curitiba
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Professores e policiais militares entraram em confronto próximo à Assembleia Legislativa do Paraná Foto: Prefeitura de Curitiba
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Os feridos foram levados para o subsolo do prédio da Prefeitura de Curitiba Foto: Prefeitura de Curitiba
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Os feridos foram levados para o subsolo do prédio da Prefeitura de Curitiba Foto: Prefeitura de Curitiba
PM e professores voltam a entrar em confronto no Paraná
Bombas e balas de borracha foram lançadas contra manifestantes; 17 policiais se recusaram a fazer o cerco e foram presos Foto: Prefeitura de Curitiba
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Os feridos foram levados para o subsolo do prédio da Prefeitura de Curitiba Foto: Prefeitura de Curitiba
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Um confronto entre a Polícia Militar e professores em Curitiba na tarde desta quarta-feira, 29, deixou 180 pessoas (a maioria professores) feridas, se... Foto: REUTERS/Joka MadrugaMais
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A prefeitura de Curitiba fala em 200 feridos no total.Quinze deles permanecem hospitalizadas, com ferimentos graves Foto: REUTERS/Paulo Lisboa
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Bombas e balas de borracha foram lançadas contra manifestantes Foto: REUTERS/Joka Madruga