Pandemia reduz número de romeiros para Aparecida, mas muitos ainda mantêm a tradição

Concessionária que administra a Dutra fala em redução de 70% do fluxo em relação ao ano passado. A Festa da Padroeira está ocorrendo com missas sem público, redução de horários de visitação e rígido protocolo de segurança

PUBLICIDADE

Por Gerson Monteiro

O movimento de pessoas a pé em direção a Aparecida, no interior de São Paulo, está 70% menor que no ano passado, segundo a concessionária CCR Nova Dutra, que administra a Rodovia Presidente Dutra, que leva o maior fluxo de romeiros para a Basílica. Mesmo sob rígido protocolo de segurança em Aparecida e sem acompanhar presencialmente as celebrações da Festa da Padroeira, muitos romeiros mantêm a tradição da peregrinação. 

“Esta é a minha sexta vez a pé, mas este ano estou sentindo falta do apoio de beira da estrada, aquelas tendas que tanto nos ajudam, só encontramos alguns pontos aqui o Vale do Paraíba. Muitos postos também não estão nos deixando parar para dormir”, comentou o eletricista Osvaldo Galupo, de 56 anos.

Romeiros mantém tradição e seguem a pé para Aparecida Foto: Gerson Monteiro / Estadão

PUBLICIDADE

Ao lado de Osvaldo, Ilza faz parte de um grupo de seis pessoas que saiu de Itaquaquecetuba na quinta-feira e pretende chegar aos pés da Santa na manhã de sábado. Ela faz a peregrinação pela primeira vez e aprovou a experiência. “O desafio é grande, mas estou adorando”, contou.

A orientação da concessionária é para que os peregrinos não utilizem a rodovia para as manifestações de fé. Nesta sexta-feira, 9, dois romeiros foram atropelados por um carro em Pindamonhangaba, um passageiro do veículo também ficou ferido. As vítimas foram socorridas e levadas para hospitais da região.

Publicidade

Estamos pedindo aos nossos romeiros para que adiem as romarias para Aparecida neste período. De casa, eles são convidados a acompanharem as celebrações rezando junto conosco e também montando um altarzinho para Nossa Senhora

padre José Ulysses da Silva, do Santuário Nacional

Com a pandemia, grandes mudanças na organização

Missas sem a participação do público, redução de horários de visitação e um rígido protocolo de segurança. É assim que está acontecendo a Festa da Padroeira este ano em Aparecida, no interior de São Paulo. As medidas visam a evitar aglomerações e ajudar no combate ao novo coronavírus.

O Santuário Nacional receberá para a missa solene de 12 de outubro apenas poucos fiéis convidados pela Igreja, ligados à Arquidiocese de Aparecida. No ano passado, foram mais de 20 mil pessoas acompanhando a celebração principal da festa, sem contar com a visita de 162 mil por todo o dia.

Grupos enfrentaram pancadas fortes de chuva nesta sexta-feira e poucos pontos de apoio na Dutra Foto: Gerson Monteiro / Estadão

Por conta da pandemia, todas as missas da novena estão sendo realizadas de maneira virtual, pelos meios de comunicação do Santuário (site, televisão e redes sociais).

Publicidade

Eventos realizados com a participação dos fieis também estão suspensos, como a procissão, passeio ciclístico e atrações musicais. De acordo com o Santuário, não há estimativa de público presencial para o feriadão de 12 de outubro.

SERVIÇO

Horários de missa

Sábado (dia 10): 9h, 12h e 19h (novena).

Publicidade

Domingo (dia 11): 8h, 12h e 19h (novena).

Segunda-feira (dia 12): 7h Missa das Crianças, 9h Missa Solene e 18h Missa de Encerramento.

As missas podem ser assistidas pelo endereço:

https://www.a12.com/santuario/festa-da-padroeira

Publicidade

Para os romeiros que estarão em Aparecida neste feriadão, atenção aos horários reduzidos para visitação:

Santuário Nacional: sábado e domingo, das 5h às 17h; dia 12, das 12h às 17h.

Nicho de Nossa Senhora Aparecida: sábado, das 5h às 21h; domingo abre às 5h e fecha segunda-feira às 21h.

Serviços no Subsolo (Sala das Promessas, alimentação e lojas): sábado, das 6h às 19h; domingo e segunda-feira, das 5h às 18h.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.