Papa Francisco: relembre as internações e problemas de saúde do pontífice argentino

Eleito em 2013, Francisco teve três hospitalizações, incluindo a desta quarta-feira; ainda jovem, passou por uma grande cirurgia para remover parte de um pulmão

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Por Redação
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Desde que foi eleito em 2013, o papa Francisco, de 86 anos, já passou por três internações. A primeira foi em julho de 2021, quando foi submetido a uma intervenção cirúrgica devido a uma diverticulite. A segunda internação foi em 29 de março deste ano, pouco mais de dois meses, quando ficou hospitalizado para tratar uma bronquite infecciosa. Nesta quarta-feira à tarde, 7, em caráter de emergência e sob anestesia geral, o pontífice é operado no Hospital Agostino Gemelli, em Roma, devido ao risco de obstrução intestinal.

É a terceira internação desde que assumiu o pontificado em 2013. Ele deve permanecer hospitalizado por vários dias, segundo o Vaticano. “A permanência na unidade de saúde durará vários dias para permitir o curso normal do pós-operatório e a recuperação funcional completa.”

Segundo a agência Vatican News, Francisco já havia realizado alguns exames clínicos na manhã de terça-feira, 6, no hospital. O check-up durou menos de uma hora e antes do meio-dia, Francisco já havia retornado à sua residência em Santa Marta.

Papa Francisco abençoou uma criança quando chegou para a audiência geral semanal na Praça de São Pedro, no Vaticano, na manhã desta quarta-feira, 7, antes de ser internado para cirurgia. Foto: Yara Nardi /Reuters

Internação para cirurgia por risco de obstrução intestinal

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A intervenção cirúrgica é “necessária” por causa do agravamento dos sintomas apresentados por ele, informou sua equipe médica, e exigirá “vários dias” de hospitalização, informou, mais cedo, comunicado divulgado pelo diretor do serviço de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.

“A operação”, diz a nota, “agendada nos últimos dias pela equipe médica que assiste o Santo Padre, tornou-se necessária devido a uma laparocele (hérnia que se forma sobre uma cicatriz), que está causando síndromes suboclusivas recorrentes, dolorosas e agravadas. A permanência na unidade de saúde durará vários dias para permitir o curso normal do pós-operatório e a recuperação funcional completa”.

Internação para tratar bronquite infecciosa

Em 29 de março deste ano, o papa foi internado e passou três dias internado no Hospital Agostino Gemelli. Na ocasião, o pontífice teve alta médica no dia 1º de abril. Francisco foi hospitalizado depois de ter apresentado dificuldades respiratórias, após sua audiência geral na Praça de São Pedro, a qual participou com total normalidade.

Inicialmente, o Vaticano disse que o papa havia feito exames agendados, mas Francisco revelou mais tarde que sentiu dores no peito e foi levado às pressas para o hospital, onde foi diagnosticado com bronquite infecciosa.

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Durante a internação, o papa Francisco recebeu tratamento antibiótico. Na saída do hospital, brincou com os jornalistas: “Ainda estou vivo, não tive medo.”

Na época, ainda de acordo com o jornal italiano Corriere Della Sera, a quem lhe perguntava se estava com medo, ele respondia: “Lembro-me de uma coisa que um velho, alguém mais velho que eu, me disse depois de uma situação semelhante: ‘Pai, eu não vi a morte, mas eu vi chegando, é ruim, hein’”, afirmou o pontífice.

Internação para cirurgia no intestino

Em 2021, foi submetido a uma intervenção cirúrgica devido a uma diverticulite, inflamação na parede do intestino grosso comum em pessoas acima de 50 anos. Ele passou de dias internado no Hospital Agostino Gemelli, entre 4 e 14 de julho de 2021, em razão do problema de um estreitamento do intestino grosso.

Segundo especialistas no aparelho digestivo, o objetivo deste tipo de cirurgia é reduzir problemas causados pelos divertículos, que são pequenas hérnias na parede do cólon com amplo espectro de manifestações clínicas, incluindo hemorragia, inflamações (diverticulites) e as complicações associadas.

Na ocasião, Francisco reclamou que não respondeu bem à anestesia geral e reconheceu que esta intervenção deixou sequelas, razão pela qual desistiu da cirurgia no joelho.

Em 24 de janeiro de 2023, o papa disse à Associated Press (AP) que a diverticulose, ou protuberâncias na parede intestinal, que motivou a cirurgia de 2021 voltou, mas estava sob controle.

Dor no nervo ciático

Neste meio tempo, o pontífice também sofreu crises de ciática ou dores nos nervos, que dificultaram a caminhada e a postura. Mais recentemente, ele distendeu os ligamentos do joelho e teve uma pequena fratura em um joelho que o obrigou a usar uma cadeira de rodas e andador por mais de um ano.

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Francisco tem um médico pessoal, Dr. Roberto Bernabei, que é internista e especialista em geriatria na Universidade Católica do Sagrado Coração de Roma. Ele também tem uma enfermeira pessoal, Massimiliano Strappetti, funcionária do sistema de saúde do Vaticano a quem Francisco creditou por salvar sua vida quando Strappetti diagnosticou o problema intestinal de 2021.

Em 2022, Francisco nomeou Strappetti seu “assistente pessoal de saúde”. Strappetti e Bernabei costumam acompanhar Francisco em suas viagens realizadas ao exterior.

Retirada de parte do pulmão na adolescência

No ano de 1957, em sua terra natal, a Argentina, Francisco, então na faixa dos 20 anos, sofreu de uma grave infecção respiratória que obrigou os médicos a remover parte de um pulmão.

Mais tarde, ele lembra que uma enfermeira salvou sua vida na época, decidindo dobrar a quantidade de remédios que havia recebido. /Agências internacionais

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