Pernambuco proíbe festas durante o carnaval e cancela ponto facultativo

Festa pública também já foi suspensa na Bahia e há restrição no número de pessoas para eventos privados

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O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, anunciou a proibição da realização de qualquer evento público ou privado de carnaval de 25 de fevereiro a 1º de março. A medida é uma nova restrição de convivência do comitê de emergência de enfrentamento da covid-19 do Estado, impactando dois dos principais destinos turísticos do Brasil neste período: Olinda e Recife. Na Bahia, a festa pública também já foi suspensa e há restrição de público para eventos privados. 

"Será cancelado o ponto facultativo dos órgãos públicos estaduais e que as demais recomendações é que os outros setores continuem trabalhando no período. Iremos nos reunir com os prefeitos para reiterar a importância de adotar medidas próprias e ampliação das fiscalizações", disse Longo, em coletiva de imprensa, realizada nesta terça-feira, 8.

Carnaval em Olinda, Pernambuco, em 2020. Foto: Alice Mafra/Prefeitura de Olinda Foto:

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Sede de um dos carnavais mais tradicionais do país, a capital Recife cancelou oficialmente os festejos em janeiro passado. Por comunicado, a gestão municipal informou que, apesar de uma situação mais confortável em relação à pandemia de covid-19, com grande parte da população vacinada e quadro estável de infecções, a cidade estava vivendo um surto de casos de gripe. Olinda também seguiu o fluxo da decisão.

Ao lado de Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, Recife e Olinda são sedes de dois dos carnavais mais desejados do país. Só em 2020 - última edição do evento - a vizinha da capital pernambucana reuniu 3,6 milhões de pessoas e movimentou R$ 295 milhões, segundo a prefeitura. "Lamentamos pelo cancelamento das festas de Carnaval por mais um ano, mas o nosso compromisso precisa ser nesse momento prioritariamente com a vida e saúde das pessoas", prosseguiu Longo. A recomendação é que os demais entes públicos continuem funcionando normalmente. 

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Na Bahia, o cenário não é diferente. Ao Estadão, o governo do Estado informou não ter novas restrições, mas que segue em vigência o decreto que reduz o número de pessoas em eventos de 5 mil para 1,5 mil, com capacidade máxima de ocupação dos espaços em 50%. A medida tem validade até 15 de fevereiro, mas a expectativa é de prorrogação. Segundo a gestão, a limitação “inviabiliza a realização de muitas festas privadas", visto que os tradicionais desfiles de trio elétricos pelos circuitos Barra-Ondina e Campo Grande já estavam cancelados. 

Em dezembro de 2021, quando os primeiros casos da variante Ômicron surgiram no Brasil, o governador da Bahia, Rui Costa, bateu o martelo sobre a não realização do carnaval de rua deste ano. Na sua última edição, a folia do momo começou no 15 de fevereiro com o Fuzuê — festa com apresentações de fanfarras pelos circuitos da Capital — e seguiu até a quarta-feira de cinzas, 26. Conforme dados de 2020 da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), 16,5 milhões de pessoas circularam pelas ruas de Salvador no período.

Por isso, no mês passado, Costa declarou que o Estado não teria feriado prolongado ou ponto facultativo durante o período previamente planejado para o evento. Além disso, enfatizou que os servidores públicos que não comparecerem aos postos de trabalho terão o salário descontado. "Nós não vamos tomar nenhuma medida em relação a isso. Terá expediente normal no serviço público e acredito que nos municípios também. A nossa orientação, sugestão, é de que também tenham funcionamento normal. As aulas da rede estadual também acontecerão como dias normais", disse o político na ocasião. 

O Ceará também decretou que o período momesco não será ponto facultativo nos órgãos públicos. A recomendação é de abertura do comércio, serviços e indústrias, além do funcionamento das instituições de ensino no período. Por lá, os eventos estão com capacidade de 250 pessoas em ambientes fechados e 500 pessoas em ambientes abertos. O feriado de carnaval em 2022 será no dia 1º de março.

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