O último sábado de 2014 teve o contraste entre o trânsito bom na cidade e as gigantescas filas para acompanhar as exposições de arte em cartaz em São Paulo. Uma das maiores filas ontem foi para a exposição dos corpos gigantes do australiano Ron Mueck, aberta em 20 de novembro. As filas deram a volta na Pinacoteca do Estado, somando cerca de duas horas de espera. Sob o sol forte, teve gente que usou guarda-chuva para conseguir uma sombra e aguentar a espera.O ambulante Marciano de Souza Bahia, de 66 anos, vendeu oito guarda-chuvas em uma hora transitando na fila. "Quem está aqui é porque tem dinheiro. Mas não ficaria nessa fila nem para ganhar dinheiro", brincou. Por causa da espera, as estudantes Andrea Maria da Silva, de 24 anos, e Lorena da Silva, de 22, desistiram de gastar todo o sábado de sol na exposição. Atravessaram a rua e optaram pelo Museu da Língua Portuguesa, que fica na frente da Pinacoteca. "Vamos voltar outro dia, chegar mais cedo", disse Andrea. Desistência. Já a estudante Gabriela de Oliveira, de 21 anos, e o bancário Renan Vasconcelos, de 22, preferiram enfrentar o sol. "É nossa terceira tentativa, já tínhamos desistido duas vezes", disse Vasconcelos. A exposição tem recebido, em média, 3 mil visitantes por dia. Mas aos sábados, quando a entrada é franca, o número sobe para 8 mil. A atual mostra vai até 22 de fevereiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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