Sete suspeitos de esquartejamento de crianças no RS têm prisão decretada

Ritual satânico foi encomendado por dois homens que almejavam 'prosperidade nos negócios empresariais'

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Por Luciano Nagel
Atualização:

PORTO ALEGRE - Sete pessoas suspeitas de terem participado de um ritual satânico, que terminou com o esquartejamento de duas crianças no Rio Grande do Sul, tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça nesta segunda-feira, 8, após pedido da Polícia Civil gaúcha. Quatro deles já estão detidos, inclusive o suposto líder do grupo, intitulado como "mestre e bruxo".

Ritual satânico ocorreu em um templo no interior do município de Gravataí, em Morungava Foto: Andreo Fischer/Divulgação

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Outros três suspeitos são considerados foragidos. São eles: Jorge Adrian Alves, argentino, Anderson da Silva, que teria encomendado o ritual, e Paulo Ademir Norbert da Silva, outro sócio do ramo imobiliário.

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As informações foram detalhadas em coletiva de imprensa na manhã desta segunda pela Delegacia de Homicídios de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, que investiga o crime desde o início de setembro do ano passado.

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Na época, pedaços de membros humanos como pés, braços, mãos, pernas e troncos foram encontrados por um catador de lixo em Lomba Grande, na região rural do município de Novo Hamburgo. Os restos mortais estavam dentro de sacolas plásticas e caixas de papelão às margens de uma estrada. 

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Segundo o delegado Moacir Fermino, os restos mortais são de duas crianças argentinas (irmãos - um menino e uma menina), com idades entre 8 e 12 anos. "As crianças foram raptadas em troca de um caminhão roubado", afirmou o delegado. 

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De acordo com as investigações, o ritual satânico teria custado R$ 25 mil e sido encomendado por dois homens da cidade de Novo Hamburgo que almejavam "prosperidade nos negócios empresariais". Durante o ritual, que ocorreu em um templo no interior do município de Gravataí, em Morungava, o delegado Fermino afirmou que os discípulos comeram carne (supostamente humana) e beberam sangue. "Um crime bárbaro, cruel", resumiu o delegado. 

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