Polícia do Rio faz operação contra supostos comparsas de acusado de matar Marielle Franco

De acordo com a Polícia Civil, grupo vendia drogas, armas e máquinas caça-níqueis

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RIO – A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro e a Corregedoria da Polícia Militar do Estado do Rio promoveram na manhã desta quinta-feira, 7, operação para cumprir ordens de busca e apreensão em endereços de seis policiais militares acusados de participar de esquemas criminosos liderados por Ronnie Lessa, policial militar reformado que é réu por ter disparado os tiros que mataram a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018. Segundo a Polícia Civil, o grupo vendia drogas, armas e máquinas caça-níqueis. Essas atividades criminosas foram descobertas durante a investigação contra Lessa realizada por conta da morte de Marielle – essa é a única ligação entre a operação e a morte de Marielle, já que o objeto dessa investigação nada tem a ver com o crime contra a vereadora. 

Homenagem em escadaria de Pinheiros. A vereadora Marielle Franco foi assassinada em março de 2018, em um atentado que também matou o motorista Anderson Gomes Foto: Amanda Perobelli/Estadão

Os alvos da operação são cinco policiais militares em atividade e um reformado, segundo apurou o Estadão. Em um dos endereços visitados, a polícia encontrou e recolheu armas e dinheiro em espécie. Também foram apreendidos computadores e telefones celulares. Lessa está preso desde março de 2019 pela morte de Marielle e Anderson, mas ainda não foi julgado – seu julgamento não tem data prevista. Ele está preso na penitenciária federal de Campo Grande (MS). Em março, o policial reformado foi alvo de uma operação realizada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal contra o tráfico internacional de armas. Procurada pela reportagem, a secretaria estadual de Polícia Militar do Rio de Janeiro não havia se pronunciado até a publicação desta reportagem.

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