Polícia do RJ mata 13 suspeitos em operação no Salgueiro; liderança do Pará se escondia no local

Investigadores paraenses e fluminenses trocaram informações para chegar à localização de suspeitos. Estado diz que houve intensa troca de tiros na área situada na região metropolitana do Rio

PUBLICIDADE

Atualização:

RIO - Pelo menos 13 pessoas morreram durante uma operação policial nesta quinta-feira, 23, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Um dos mortos seria Leonardo Costa Araújo, conhecido como Leo 41, de 37 anos, apontado como o chefe do tráfico de drogas no Pará.

PUBLICIDADE

Os alvos da operação são supostos integrantes da facção criminosa Comando Vermelho com atuação no Estado do Pará, mas que se abrigavam no Complexo do Salgueiro. Entre os procurados estão os responsáveis por ataques contra agentes das forças de segurança pública paraenses.

“Mais de 40 policiais morreram naquele Estado desde 2021″, informou a Polícia Civil, em nota.

Os agentes também buscavam os suspeitos pelos ataques recentes a comunidades da zona oeste do Rio. Os criminosos também teriam ligação com um assalto a um shopping center da Barra da Tijuca, em junho do ano passado, que terminou com um segurança morto após ser baleado.

A ação foi conduzida por policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) em conjunto com a Polícia Civil do Pará e com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio. A investigação chegou à localização dos suspeitos após intensa troca de informações entre as polícias dos dois Estados.

Publicidade

Segundo a Polícia Civil, o objetivo da operação era “o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão”. Houve tiroteio intenso.

Operação no Complexo do Salgueiro envolveu policiais civis e militares Foto: Reprodução/TV Globo

“Ao chegarem na localidade, os policiais foram atacados pelos criminosos e houve intensa troca de tiros”, comunicou a Polícia Civil. Treze fuzis foram apreendidos e duas pessoas foram presas.

Em outra operação também nesta quinta-feira, 23, agentes prenderam Breno Vinícius Garção Martins, conhecido como “Breno Matuto”, que seria um dos chefes do crime organizado em Sergipe. Com um mandado de prisão em aberto por homicídio, Breno foi encontrado escondido na comunidade da Nova Holanda, no Complexo da Maré, na zona norte da capital fluminense.

A prisão foi conduzida conjuntamente por equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e policiais do Departamento de Narcóticos do Estado de Sergipe (Denarc).

Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Militar, um segundo homem foi preso na operação, suspeito de ser segurança de Breno. Os agentes apreenderam um fuzil calibre 5.56, uma pistola calibre 9mm, um notebook, dois telefones celulares e drogas. A ocorrência foi encaminhada para registro na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).

Publicidade

Governador celebra

O governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL/RJ), comemorou as duas operações policiais em postagem em uma rede social.

PUBLICIDADE

“Dois bandidos que chefiavam facções criminosas no Sergipe e no Pará foram capturados hoje pelas nossas forças estaduais de segurança. Graças a um trabalho integrado e de inteligência das polícias Civil e Militar, os criminosos foram localizados na Maré e em São Gonçalo”, escreveu Castro. “Confiamos nas nossas polícias, que operam num cenário mais desafiador do que qualquer capital do mundo. Parabéns ao Bope e à Core, não vamos admitir que o Rio seja usado como esconderijo de bandidos de outros Estados!”

Castro, que está em seu segundo mandato, teve seu governo marcado por algumas das operações policiais mais letais da história do Rio, entre elas a ocorrida em 9 de maio de 2021 na favela do Jacarezinho, na zona norte da capital fluminense, quando policiais mataram 28 pessoas. Em 24 de maio de 2022, 25 pessoas foram mortas durante uma operação policial na Vila Cruzeiro, também na zona norte da cidade.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.