RIO BRANCO - O Governo do Acre desativou o abrigo que recebia os imigrantes haitianos na pequena cidade de Brasileia, no interior do Estado. Agora, os grupos que saem nos aviões da FAB têm dois pontos de desembarque: um em Cuiabá e outro na Região Metropolitana de São Paulo, em Guarulhos.
"A Defesa Civil Nacional tem uns abrigos fixos", pontua o secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Nilson Mourão. "De Guarulhos, muitos já têm destino certo para lugares do Sul ou mesmo de São Paulo."
Com o isolamento, os grupos de 40 a 50 pessoas que chegavam diariamente não tinham como sair para outras regiões do País por causa da cheia do Rio Madeira. A BR-364, via que liga o Estado do Acre às outras regiões do Brasil, está submersa.
Em Brasileia, o abrigo tinha condições de receber mais de 300 pessoas. Chegou a ter mais de duas mil. Hoje, há cerca de 750 haitianos no Acre, todos instalados no abrigo de Rio Branco.
A decisão do Governo do Acre foi tomada na segunda feira. A partir de agora, os imigrantes que entrarem no Acre pela cidade de Assis Brasil, fronteira com Peru e Bolívia, já serão orientado a ir para Rio Branco, onde deverão ficar por no máximo quatro dias.
Na capital acriana, eles serão acolhidos e encaminhados para o Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, local onde normalmente acontecem eventos populares e a feira agropecuária do Acre. O espaço abriga periodicamente famílias atingidas pelas cheias do Rio Acre e já tem infraestrutura adequada ao acolhimento. Serão improvisados box de atendimento da Receita Federal, do Ministério do Trabalho e da Polícia Federal no Parque de Exposições.
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