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Prefeito de Ilhabela será investigado por desvio de dinheiro

Rombo nas contas da cidade do litoral paulista pode chegar a R$ 5 mi

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Por Agencia Estado
Atualização:

O prefeito reeleito de Ilhabela, Manoel Marcos Ferreira, vai ser incluído nas investigações sobre desvio de dinheiro da folha de pagamento da prefeitura, que segundo apurado, ocorria desde sua primeira gestão. "Ele será ouvido em momento oportuno", informou o delegado da seccional da polícia civil da região, José Francisco Rodrigues. A polícia já ouviu cerca de 20 pessoas desde a confissão da ex-chefe da folha de pagamento, Laurentina Andrade Rinaldo. "Todas têm colaborado para as investigações", afirmou Rodrigues. No depoimento de Laurentina, em 22 de novembro, ela confessou que dava aumento, abono e benefícios de férias para os funcionários, conforme desejava e conforme a necessidade de cada um. "Temos tudo documentado. Pessoas chegavam a receber um terço de férias três meses seguidos." Laurentina foi afastada do cargo em setembro e ao se apresentar à polícia levou uma caixa de jóias compradas com o dinheiro desviado, que segundo ela, valem R$ 300 mil. "Estamos pedindo à Caixa Econômica Federal que nos auxilie na avaliação e na guarda dessas supostas jóias", informou o delegado. Investigações O desenrolar das investigações sobre a fraude na folha de pagamento da prefeitura de Ilhabela assustou até a polícia, que estima um rombo superior a R$ 5 milhões. "O que nos assusta é a maneira como isso vinha ocorrendo. Faziam tudo às claras, sem tentar maquiar o desvio. O prefeito terá que ser ouvido por causa do descalabro profundo e tão grande que ocorria nas gestões dele", disse o delegado. De acordo com o delegado, a investigação sobre irregularidades ocorridas no pagamento dos funcionários que atuavam nas Frentes de Trabalho também assusta. "Cada funcionário trabalhava 45 dias por mês. Temos também documentos que comprovam tamanha atrocidade. É um novelo de lã tamanho que as investigações ficarão condicionadas ao volume de pessoas envolvidas", explicou. Pela lei municipal, as pessoas contratadas para a Frente de Trabalho têm direito a um salário mínimo por 30 horas trabalhadas semanalmente, sendo proibido fazer horas extras.

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