Dois homens suspeitos de participar do seqüestro de Marcelo de Sousa, filho do cartunista Mauricio de Sousa, foram presos na tarde desta segunda-feira, 14, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba. Policiais da Delegacia Anti-seqüestros descobriram que Alexandro Rodrigues de Souza, de 24 anos, e Francisco Leandro Santos, de 29 anos, conhecidos pelos apelidos de Lê Branquelo e Gordão, respectivamente, foram quem chegaram à mercearia do avô de Marcelo, no bairro Interlagos, e renderam as vítimas. "Eles foram os responsáveis por levar as vítimas para os cativeiros", contaram os policiais. Veja também: Investigação do seqüestro do filho de Mauricio será sigilosa 'Meu filho foi um heroizinho', diz Mauricio de Sousa Marcelo de Sousa foi seqüestrado junto com a mãe, Marinalva Pereira dos Santos, e com o meio-irmão, Vitor Hugo dos Santos, de 2 anos, no dia 19 de março. Os três passaram por quatro cativeiros e foram libertados na noite de 12 de abril, depois de 19 dias como reféns. Os policiais chegaram aos suspeitos por meio do Serviço de Inteligência. Eles estavam em suas casas, no bairro Dom Pedro I, na periferia de São José dos Campos. Os dois negaram a participação no seqüestro. Ainda segundo investigações, um deles, Alexandro, comandava o tráfico de drogas na zona leste do município e seria o chefe da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele tem várias passagens pela polícia, como por tráfico de drogas e homicídio, e já teria participado de outros seqüestros. Alexandro era foragido da penitenciária Edgar Magalhães Noronha de Tremembé, desde outubro de 2005. Depois de ser detido Alexandro contou à polícia que sua função era render as vítimas e posteriormente transportá-lasde um lado para outro. Segundo a polícia, Alexandro era responsável, dentro da quadrilha, pela "logística" do seqüestro. Já Francisco negou a participação no crime. Revelou que no dia do seqüestro foi convidado pela quadrilha para participar de um roubo, sem saber do que se tratava. Durante o tempo em que as vítimas permaneceram nos cativeiros Francisco afirmou não ter participação alguma. A polícia ainda investiga o envolvimento de pelo menos mais seis pessoas. Os nomes estão sendo mantidos em segredo. Texto atualizado às 20h50 para acréscimo de informações
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