Uma professora de Inglês foi esfaqueada pelas durante uma aula na Escola Municipal de Ensino Fundamental João de Zorzi, na terça-feira, 1° de abril, em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. Por conta do ataque, que aconteceu enquanto a profissional distribuía as tarefas do dia, as aulas da rede de ensino da cidade foram suspensas nesta quarta-feira, 2.
A professora foi socorrida, encaminhada para um atendimento médico e não corre risco de morte. Conforme a prefeitura de Caxias do Sul, a profissional recebeu alta e se recupera em casa.

Segundo a Brigada Militar do Rio Grande do Sul, três estudantes adolescentes, entre 13 e 15 anos, foram apreendidos suspeitos de envolvimento no ataque. Entre eles, estava um menina. Antes da agressão, eles teriam quebrado câmeras de vigilância de dentro da sala, segundo os militares. A Polícia Civil investiga o caso.
Conforme a secretária de Educação de Caxias do Sul, Marta Fattori, a professora está recebendo acompanhamento psicossocial. A chefe da pasta descreveu a profissional como uma pessoa dedicada. “Até agora, ela não entendeu o que aconteceu”, disse.
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A Brigada Militar e a Polícia Civil conseguiram localizar os jovens, que tinham saído da escola depois das agressões, no período da tarde.
Conforme Marta Fattori, os envolvidos foram encaminhados para o Programa Sócio-Educativo do Estado. “Isso é uma situação que nós vamos ter que desenrolar com várias secretarias de como abordar esses alunos daqui para frente”, disse em áudio enviado à reportagem.
A prefeitura suspendeu as aulas nesta quarta-feira, 2, de todas as 82 escolas municipais da rede local, e diz que está prestando apoio à professora, aos estudantes e aos profissionais das instituições de educação, com o suporte de psicólogos.
“Suspendi a escola neste dia 2, para que juntos pudéssemos estar dando encaminhamento desta situação, para que ela não se repita”, disse a secretária.
O retorno das aulas está programado para esta quinta-feira, 3. A secretaria afirmou que estará presente na EMEF João de Zorzi para receber os estudantes e professores. “Vamos demandar várias situações de acolhimento e escuta, neste momento.”
Para a semana que vem, Marta disse que vai se reunir com outras secretarias, incluindo segurança, saúde e assistência social, para debater o assunto da violência nas escolas. Ela cita também a importância de investigar e entender as raízes do problema. “E (debater) também um olhar especial a famílias desestruturadas”.