Pai matou quatro crianças em casa no Rio Grande do Sul, diz polícia

Vítimas de 3, 6, 8 e 11 anos foram sedadas, asfixiadas e três delas ainda receberam golpes de faca; homem está preso

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Por Eduardo Amaral
Atualização:

Quatro crianças foram assassinadas na noite de terça-feira, 13, na cidade de Alvorada, na região metropolitana de Porto Alegre. O irmãos tinham 3, 6, 8 e 11 anos. O pai, de 28 anos, foi preso na madrugada desta quarta-feira, 14, em um hotel na capital gaúcha e confessou ter matado os filhos, segundo a Polícia Civil.

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As vítimas foram sedadas e depois mortas na casa, no bairro de Piratini, onde o homem morava desde que se separou da mãe das crianças, segundo as investigações. As quatro tinham sinais de asfixia e três também receberam golpes de faca.

De acordo com o delegado Edimar Machado, responsável pelas investigações, o homem admitiu em depoimento informal o crime e disse ter ciúmes da mãe das crianças – três meninas e um menino. “Não aceitava que ela tivesse outros companheiros”, afirmou Machado. O homem foi orientado pela defesa a manter silêncio no depoimento formal.

Apenas a criança de 3 anos não ferida com a faca. As demais, segundo o delegado, receberam mais de dez golpes, no peito e nas costas.

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Casa onde quatro crianças foram encontradas mortas em Alvorada, no Rio Grande do Sul. Foto: Instituto Geral de Perícias-RS

As crianças estavam com o pai no fim de semana e, já na manhã de segunda-feira, 12, ele teria começado a dar um chá calmante aos filhos, de acordo com o delegado. Na noite de terça-feira, o homem chamou, uma a uma, as crianças para dentro da casa. Com elas sonolentas, asfixiou todas com um travesseiro, e no caso das mais velhas, ainda as esfaqueou. “Ele relata que asfixiou as quatro, e deu facadas em três para garantir (a morte)”, conta o delegado.

Machado diz que a polícia vai pedir o indiciamento do homem por homicídio qualificado, mas ainda vai apurar as qualificadoras de acordo com os laudos periciais. Para o delegado, ainda não é possível afirmar se o crime foi planejado e, em princípio, ele teria agido sozinho.

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