Queda de balão no Egito mata 18 turistas

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

Dezoito turistas asiáticos e europeus morreram na manhã de terça-feira por causa da explosão e queda de um balão de ar quente nos arredores da cidade histórica de Luxor, segundo autoridades. Ahmed Aboud, chefe da associação que representa os balonistas locais, disse que o balão voava a cerca de mil pés de altitude (300 metros) na hora da explosão. O piloto sobreviveu saltando da cesta quando o aparelho estava entre 10 e 15 metros acima do solo, e foi internado com queimaduras, disse Aboud por telefone. Um turista também sobreviveu, segundo ele. De acordo com essa fonte, a explosão ocorreu na mangueira entre o botijão de gás e o queimador do balão. Mohamed Mustafa, médico no hospital que recebeu os feridos, disse que os mortos incluem turistas da Grã-Bretanha, Japão e Hong Kong. Há ainda três feridos, segundo ele. A antiga Luxor é um dos principais pontos turísticos do Egito. A cidade é famosa por seus templos faraônicos e pelas tumbas do Vale dos Reis, inclusive a de Tutancâmon. O governador da Província de Luxor, Mubasher Misr, disse à Al Jazeera que alguns corpos ainda não foram identificados. Konny Matthews, gerente-adjunta do hotel Al Moudira, em Luxor, disse ter ouvido um estrondo por volta de 7h (2h em Brasília). "Foi um enorme estrondo. Um estrondo assustador, embora tenha sido a vários quilômetros do hotel. Alguns dos meus funcionários disseram que suas casas balançaram", contou ela por telefone. O balão pousou na margem oeste do rio Nilo, onde ficam muitas das principais atrações históricas. O fotógrafo norte-americano Christopher Michel, que estava a bordo de outro balão -um dos oito que saíram juntos-, disse ao canal britânico Sky News que escutou uma forte explosão. "Olhei para trás e vi muita fumaça. Não estava imediatamente claro que era um balão." O balonismo ao alvorecer é uma diversão que atrai muitos turistas na região de Luxor. O turismo é a principal atividade econômica do Egito, mas o número de visitantes despencou depois da revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 2011, seguida por dois anos de instabilidade política. Em 2010, o Egito recebeu 14,7 milhões de visitantes, cifra que caiu para 9,8 milhões no ano seguinte. (Reportagem de Tom Perry e Alexander Dziadosz; com reportagem adicional de Michael Holden)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.