Quem é a estudante presa por stalking em Minas Gerais?

Jovem de 23 anos estava foragida desde março do ano passado e foi presa por perseguir médico e a sua família

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Por Leonardo Zvarick
Atualização:

A estudante Kawara Welch, acusada de perseguir um médico e sua família há cinco anos, está presa desde o último dia 9 na ala feminina da Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga, em Uberlândia, em Minas Gerais. É a terceira vez que ela passa pela unidade prisional desde que o stalking se tornou crime no Brasil, em 2021.

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A jovem de 23 anos estudava nutrição em Uberlândia e se apresentava como modelo e artista plástica nas redes sociais. Mas, desde 2019, conforme reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, no último domingo, 19, mantinha obsessão por um médico de Ituiutaba, cidade do Triângulo Mineiro.

A rotina de perseguições teria começado, de acordo com a denúncia, quando o profissional resistiu a tentativas de aproximação amorosa da então paciente. Os assédios incluíam perseguições (por telefone, internet e pessoalmente), ameaças e até agressões.

Mulher é presa por stalking após perseguir médico durante cinco anos em Minas Gerais Foto: Reprodução de Vídeo/Fantástico

A primeira entrada de Kawara no sistema prisional mineiro ocorreu em outubro de 2021, segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública. No ano seguinte, teve outra passagem breve pela mesma penitenciária, “tendo sido libertada por determinação da Justiça” nas duas ocasiões, disse o órgão em nota.

Kawara voltou a ser detida no início do ano passado, depois de agredir a esposa do médico e roubar o celular dela, mas teve liberdade provisória concedida no dia seguinte, com a condição de que não se aproximasse das vítimas nem tentasse entrar em contato com elas.

Duas semanas depois, no entanto, a perseguição seria retomada - de acordo com o mandado de prisão, em um único dia, ela ligou mais de 40 vezes para o médico e o filho dele, que é menor de idade.

A acusada estava foragida desde março de 2023, quando foi expedida a nova ordem de prisão. Além do descumprimento das medidas cautelares, a decisão considerou ainda os indícios de stalking e roubo majorado (quando há violência ou grave ameaça) - até hoje o aparelho não foi recuperado.

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Ao programa Fantástico, que revelou o caso, a defesa de Kawara Welch disse que o médico e sua cliente tiveram um relacionamento e que ela apenas buscava manter a relação. A defesa negou os crimes imputados à mulher. Já o advogado do médico disse que jamais houve relacionamento entre eles e, ainda que houvesse, não justificaria a conduta da acusada.

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