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Resgate de presos e rebelião no Cadeião de Pinheiros em SP

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Por Agencia Estado
Atualização:

O clima é tenso neste momento entre os 1,1 mil presos do Cadeião de Pinheiros, localizado em Vila Leopoldina, na zona oeste da capital paulista, ao lado da marginal Pinheiros. Por volta das 2h00 deste sábado, um grupo de pelo menos 10 homens, armados de metralhadoras e fuzis, todos vestindo coletes da Polícia Civil, conseguiu entrar no pátio do Dacar 2 do Cadeião com dois carros após passarem-se por policiais. Os falsos policiais pediram aos vigias da muralha que abrissem o portão da frente pois eles iriam entrar para fazer o reforço da segurança da muralha. Assim que o portão foi aberto, os bandidos dominaram cerca de 15 carcereiros e vigias. Ao mesmo tempo, dezenas de presos já escapavam das celas. Um dos vigias do Dacar 2 conseguiu comunicar, via rádio, colegas da ala 3, que ao se deslocarem para a ala vizinha foram recebidos a tiros pelo bando armado de fuzis. Um dos presos foi baleado na perna. Há suspeita de que outros detentos também ficaram feridos. A quadrilha armada conseguiu fugir após intensa troca de tiros. Ainda não se sabe quantos presos teriam fugido do Cadeião, mas, segundo o delegado Ricardo Pontes, do Grupo de Operações Especiais (GOE), cerca de 1.100 presos estariam rebelados. Ainda não se sabe se há reféns. Fuga- Esse é o segundo incidente ocorrido em menos de uma semana dentro do Cadeião de Pinheiros. Na madrugada de segunda-feira, dia 4, sete presos conseguiram fugir do pavilhão 3. Um oitavo detento, que tentou se aproveitar da situação para escapar pelo portão da frente do presídio, foi baleado e acabou morrendo. Os presos serraram as grades das celas e usaram uma "Teresa", uma espécie de corda feita com lençóis, para pular o muro do Cadeião. Eles escaparam rapidamente por um terreno baldio que fica ao lado do local. Os guardas que estavam na muralha perceberam a movimentação estranha, deram o alarme e pediram reforço para a Polícia Militar. Cerca de 1,2 mil presos deste pavilhão foram levados ao pátio para que a polícia fizesse a contagem de quantos eram os fugitivos. Eles só puderam voltar para suas celas por volta das 16h, quando terminou a contagem. A Corregedoria da Polícia Civil vai investigar se houve facilitação de fuga por parte de agentes penitenciários.

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