Uma equipe reunindo pediatras dos EUA, Austrália e Nova Zelândia concluiu um estudo que indica que varreduras de imagem por ressonância magnética (MRI) no cérebro de bebês prematuros ajudam a prever os problemas de desenvolvimento que as crianças poderão vir a ter. De acordo com o médico americano Terrie E. Inder, o MRI foi capaz de detectar anomalias no cérebro de bebês prematuros, nascidos com 30 semanas ou menos. Acompanhando as crianças até os dois anos de idade, os pesquisadores conseguiram criar uma escala das anomalias de forma a prever o risco de problemas cognitivos, paralisia cerebral ou deficiências visuais e auditivas que já estejam evidentes aos dois anos. Os resultados do trabalho aparecem na edição desta quinta-feira do New England Journal of Medicine. Os pesquisadores estudaram 167 bebês prematuros nos três países. Segundo Inder, a descoberta é importante porque a técnica usada anteriormente - ultrassom - não mostrava as anomalias no cérebro das crianças. "Com o MRI, podemos entender o que está errado no desenvolvimento do cérebro quando o bebê nasce cedo", disse ele.
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