SÃO PAULO - O incêndio no Hospital Badim, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, não foi um episódio isolado no Brasil. O episódio mais recentes causou 10 mortes e entrou para uma lista de acidentes parecidos registrados em outras unidades médicas do País. Apenas neste ano foram mais de 20 acidentes parecidos, com as mais diferentes causas, desde curto-circuito até incêndios criminosos. Confira os episódios:
Hospital Cristo Rei, em Ibiporã (PR)
Incêndio em janeiro, na sala de enfermagem, assustou os três pacientes que estavam no local para ser atendidos. Ninguém ficou ferido, mas o local ficou fechado para reforma durante as semanas seguintes.
Hospital do Coração, em Londrina (PR)
Em janeiro, fogo começou perto do centro cirúrgico da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrica. Os bombeiros agiram rápido e solucionaram o problema, porém pacientes e até bebês recém-nascidos tiveram de esperar do lado de fora enquanto aguardavam transferência para outra unidade da rede.
Hospital Regional de Taguatinga (DF)
Local teve dois incêndios registrados neste ano, um em janeiro e outro em julho. No primeiro, uma pane elétrica na área de trauma fez com que todos os pacientes tivessem de ser retirados. Depois, foi a vez de um incidente na entrada do pronto-socorro assustar a população em julho. As chamas começaram na galeria de ventilação da lavanderia da unidade. Na hora do fogo, 108 pessoas estavam em atendimento e 22 delas tiveram de ser removidas para outra ala.
Hospital Infantil Ismélia da Silveira, de Duque de Caxias (RJ)
Em uma mesma semana de janeiro, foram registrados três incidentes com fogo. O mais grave deles teve início em um colchão queimado. Não houve registro de feridos, mas algumas crianças tiveram de ser transferidas para um prédio anexo.
Hospital e Maternidade Nossa Senhora das Graças, de Presidente Prudente (SP)
Em janeiro, o local registrou um acidente iniciado em um setor administrativo. Os bombeiros logo controlaram o fogo e não foi necessário transferir os pacientes para outra ala.
Hospital Infantil de Vitória (ES)
Foram três episódios neste ano. O primeiro foi em fevereiro, no CTI, o segundo foi registrado em agosto após um curto-circuito na sala de Raio X. Cerca de duas semanas depois, houve outro incidente, desta vez no setor de oncologia. Cinco crianças que eram pacientes tiveram de ser transferidas de ala.
Santa Casa de Misericórdia de Tambaú (SP)
Em fevereiro, homem internado por problema no pulmão e com histórico de dependência química usou um isqueiro para atear fogo ao próprio colchão. As queimaduras causaram a morte do paciente.
Hospital Fêmina em Porto Alegre (RS)
No mês de fevereiro, sala do sexto andar do local foi o início do fogo. Segundo a polícia, o incêndio foi proposital e causado por um enfermeiro, que acabou demitido dias depois. O acidente fez que 32 pacientes fossem transferidos para outras unidades da capital gaúcha.
Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no Recife (PE)
Curto-circuito no quadro de energia foi o foco do incêndio de fevereiro. Não houve feridos, mas nove crianças e 35 adultos tiveram de ser retirados do local.
Sanatório Oswaldo Cruz, em Petrópolis (RJ)
Em março, fogo teve início nos setores de rouparia, lavanderia e almoxarifado. A ala dos pacientes não chegou a ser atingida e o incêndio foi rapidamente controlado.
Hospital Municipal Infantil de Imperatriz (MA)
Um curto-circuito em março causou o incêndio na unidade. O fogo causou a remoção de 32 crianças internadas na ala infantil e de 28 adultos internados na ala ortopédica e cardiovascular.
Hospital da Criança de Ponta Grossa (PR)
Um painel elétrico na sala de manutenção de equipamentos hospitalares teve um defeito e pegou fogo em abril. No local, as 26 crianças internadas e outras 15 que aguardavam por atendimento foram resgatadas.
Hospital Espírita de Marília (SP)
Em abril, um paciente que fazia tratamento contra dependência química se revoltou com a internação e ateou fogo em um colchão com um isqueiro. As chamas causaram as mortes de outros dois pacientes.
Hospital Portugal Ramalho, em Maceió (AL)
Um dos alojamentos da ala feminina do Hospital Escola Portugal Ramalho (HEPR) pegou fogo em maio. O local é o único centro psiquiátrico público de Alagoas. Não houve registro de feridos.
Hospital Geral de Fortaleza (CE)
Curto-circuito na UTI Neonatal causou estragos no local em maio. O fogo foi rapidamente controlado, mas durante a ação dos bombeiros, os pacientes tiveram de ser transferidos para outras alas.
Hospital das Clínicas, em Salvador (BA)
Em junho deste ano um incêndio atingiu o laboratório de investigação do vírus HIV. Cerca de dez pacientes tiveram de ser removidos de alas próximas ao fogo. Ninguém se feriu.
Hospital e Maternidade Dom Bosco, em Goiânia (GO)
Incêndio em junho começou na sala de tomografias. Uma solda feita em uma maca teria espalhado faíscas que deram início ao fogo. Apesar de não ter vítimas, o acidente fez com que pacientes fossem retirados às pressas transferidos para outro hospital. Três funcionários foram internados por terem inalado fumaça.
Hospital do Coração, em São Paulo (SP)
No mês de junho, incêndio atingiu parte cobertura do prédio e teve como causa possível falha em sistema de resfriamento de água. Não houve vítimas.
Hospital Universitário, em Aracaju (SE)
O fogo teve início no laboratório do Departamento de Odontologia do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Sergipe (UFS), em julho. A causa foi o superaquecimento de um equipamento odontológico e não houve feridos.
Hospital de Igarassu (PE)
Infiltração da água da chuva causou curto-circuito na sala de esterilização, em julho. O incêndio teve início na madrugada e suspendeu o atendimento por alguns dias em áreas como emergência pediátrica, internamento clínico, bloco cirúrgico e fisioterapia.
Santa Casa da Misericórdia de Campos dos Goytacazes (RJ)
Em agosto, o fogo teve início no compressor da lavanderia. Apesar do susto, o incêndio foi controlado rapidamente pelos bombeiros. Ninguém ficou ferido.
Hospital das Clínicas da UFMG, em Belo Horizonte (MG)
Uma fritadeira pegou fogo em agosto e danificou a cozinha do hospital. O incêndio não deixou feridos nem atrapalhou a rotina de atendimento dos pacientes.
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