RIO - A Justiça do Rio condenou Raí de Souza e Raphael Assis Duarte Belo a quinze anos de prisão pelo estupro de uma adolescente de 16 anos na zona oeste do Rio, em maio do ano passado. Souza gravou e transmitiu o vídeo que mostra a jovem desacordada após o crime; Belo fez uma selfie ao lado da menor e também compartilhou as imagens. À época, as cenas foram distribuídas pelo WhatsApp. Ao serem presos, ambos declararam terem agido sem pensar nas consequências.
Um terceiro acusado, Moisés Camilo Lucena, o Canário, continua foragido. Outras quatro pessoas haviam sido indiciadas pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, mas não viraram réus.
Jovem vítima de estupro coletivo presta segundo depoimento
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Jovem vítima de estupro coletivo presta segundo depoimento
Aochegar à Cidade da Polícia(sede das delegacias especializadas, na zona norte) acompanhada da mãe e da advogada Eloísa Samy Santiago, a vítimateve a ... Foto: Wilton Junior/EstadãoMais
Jovem vítima de estupro coletivo presta segundo depoimento
Até o momento, foram identificados quatro homens: Michel Brazil da Silva, de 20 anos, Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20 anos, Raphael Assis Duarte Be... Foto: Wilton Junior/EstadãoMais
Jovem vítima de estupro coletivo presta segundo depoimento
No primeiro depoimento,a jovem disse que 33 bandidos armados de fuzis e pistolas participaram das agressões sexuais que sofreu em uma casa no morro do... Foto: Wilton Junior/EstadãoMais
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Na segunda-feira, a família da menina deve se reunir com o secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Paulo Melo. Há a expectativa ... Foto: Wilton Junior/EstadãoMais
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Em depoimento à Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil,a adolescente de 16 anos disse que não conhecia nenhum dos agre... Foto: Wilton Junior/EstadãoMais
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O crimecausourevolta e mobilização na web. Usuários das redes sociaisdivulgaram a imagem de uma mulher crucificada no símbolo de Vênus, além de cobrar... Foto: Wilton Junior/EstadãoMais
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As investigações mostraram que a adolescente saiu de um baile funk no Morro da Barão, em Jacarepaguá, com três pessoas. Eles beberam e consumiram drogas, e a menina ficou no local. De lá, ela foi levada desacordada para outra casa por Canário, que a estuprou. Outros homens também cometeram violência sexual contra a vítima, segundo a polícia apurou.
O crime ganhou repercussão por causa da idade da jovem e porque em um dos vídeos se dizia que ela havia sido estuprada por "mais de 30" homens. As investigações concluíram que foram menos pessoas envolvidas. A adolescente e sua família foram incluídas no Programa de Proteção a Testemunhas do governo do Estado e deixaram o local onde moravam.
Protesto em Copacabana pelo fim da violência contra mulher
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Ato alerta para a cultura do estupro no País
A Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro,amanheceu com 420 calcinhas estendidas na areia Foto: Fábio Motta/Estadão
Ato alerta para a cultura do estupro no País
Por ano, cerca de 50 mil mulheres são vítimas de estupro no País Foto: Marcelo Sayão/EFE
Ato alerta para a cultura do estupro no País
Ascalcinhas na areia fazem parte de protesto da ONG Rio de Pazcontra a violência contra a mulher Foto: Fábio Motta/Estadão
Ato alerta para a cultura do estupro no País
Asfotos retratam a angústia de mulheres vítimas de abuso Foto: Fábio Motta/Estadão
Ato alerta para a cultura do estupro no País
Os rostostêm a marca de uma mão, em vermelho, como se tivessem tentado calar as mulheres Foto:
Ato alerta para a cultura do estupro no País
Ato na Praia de Copacaba foi motivado apóso caso de estupro coletivo em uma comunidadeRio de Janeiro, que chocou o País e o mundo Foto: Fábio Motta/Estadão
Ato pede fim da cultura do estupro no País
Relembreoutros casos de violência contra o mundo que assustaram o Brasil e o mundo Foto: Fábio Motta/Estadão
Ato alerta para a cultura do estupro no País
As peças de roupa representama quantidade de mulheres estupradas no Brasil a cada 72 horas Foto: Fábio Motta/Estadão
Ato alerta para a cultura do estupro no País
Além das calcinhas espalhadas, doadas pela Duloren,foram expostos painéis com imagens do fotógrafo Márcio Freitas com o tema 'Nunca me calarei' Foto: Vanderlei Almeida/AFP
Ato alerta para a cultura do estupro no País
Antônio Carlos Costa, fundador do Rio de Paz, defendeuações preventivas do poder público em favelas e comunidades de baixa renda para evitar a violênc... Foto: Fábio Motta/EstadãoMais
A condenação saiu na segunda-feira, 20, pela 2ª Vara Criminal Regional de Jacarepaguá. O regime de prisão inicial será fechado, e os réus foram condenados ainda ao pagamento de 306 dias-multa. A prisão foi decretada pelos crimes previstos no artigo 217 do Código Penal (estupro de vulnerável) e artigo 240 do Estatuto da Criança e do Adolescente (que fala sobre produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente).
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O Tribunal de Justiça do Rio informou que "em razão da necessidade do sigilo, determinado por decisão judicial, para preservar a imagem e identidade da vítima adolescente, que poderiam ser atingidas pela divulgação da íntegra dos atos processuais, o processo continua a tramitar em segredo de Justiça. Assim, fica proibida a divulgação de notícias que contenham identificação da vítima adolescente, vedando-se fotografia, vídeos referência de nome, apelido, filiação, parentesco, residência e, inclusive, iniciais do nome e sobrenome", afirmou o juiz da 2ª Vara, Aylton Cardoso Vasconcellos.