Novo vídeo traz mais provas de estupro coletivo no Rio
Adolescente ficou cerca de 30 horas em poder de agressores e teria sido violentada em dois dias diferentes, de acordo com o 'Fantástico'
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Por Redação
SÃO PAULO - A jovem de 16 anos que foi vítima de estupro coletivo na semana retrasada, em uma comunidade no Rio de Janeiro, ficou cerca de 30 horas em poder de seus estupradores. Este intervalo foi revelado pela polícia com base na análise de um novo vídeo do celular de Raí de Souza, preso na segunda-feira, 30, por ter participado do crime. As duas vezes em que a vítima foi violentada teriam sido, portanto, em dias diferentes.
As informações foram reveladas pelo Fantástico, da Rede Globo, na noite deste domingo, 5. Inicialmente, Souza havia dito à polícia que tinha destruído seu aparelho celular – mas na última sexta-feira, 3, investigadores localizaram o aparelho. No primeiro dos vídeos, a garota claramente é abusada e tenta reagir.
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Protesto em São Paulo
Em São Paulo, protesto foi encerrado na Praça Roosevelt Foto: Gabriela Biló / Estadão
Protesto na Avenida Paulista
Manifestação de mulheres contra a "cultura do estupro" no País e em solidariedade a vítima de violência sexual no Rio Foto: Gabriela Biló
Protesto no Rio
Rio teve manifestação nesta quarta próximo a Igreja da Candelária Foto: Wilton Júnior / Estadão
Protesto na Avenida Paulista
Protesto na região central de São Paulo foi convocado após o ataque a uma adolescente no Rio, que também tem manifestação Foto: Gabriela Biló / Estadão
Protesto no Rio
No Rio, manifestação se reuniu ao redor da Igreja da Candelária Foto: Wilton Júnior / Estadão
Protesto na Avenida Paulista
Durante o protesto, as manifestantes contaram, em coro, até 33, para lembrar o número de homens que abusaram da adolescente carioca Foto: Gabriela Biló
Protesto na Avenida Paulista
Manifestação de mulheres contra a "cultura do estupro" no País e em solidariedade a vítima de violência sexual no Rio Foto: Tiago Queiroz / Estadão
Protesto na Avenida Paulista
Manifestação de mulheres contra a "cultura do estupro" no País e em solidariedade a vítima de violência sexual no Rio Foto: Tiago Queiroz / Estadão
Protesto no Rio
Manifestação de mulheres contra a "cultura do estupro" no País e em solidariedade a vítima de violência sexual no Rio Foto: Gabriela Biló / Estadão
Protesto na Avenida Paulista
Manifestação de mulheres contra a "cultura do estupro" no País e em solidariedade a vítima de violência sexual no Rio Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
Protesto na Avenida Paulista
Linha de frente do ato, manifestantes fizeram um cordão de isolamento para mulheres com bebês e crianças Foto: Gabriela Biló / Estadão
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“Já está provado o crime de estupro. O desafio da polícia é provar a extensão desse crime”, afirmou a delegada Cristiana Onorato Bento à Rede Globo.
Com as novas provas, os investigadores já conseguem montar uma cronologia dos fatos. As evidências são de que a jovem saiu de um baile funk com Souza, o jogador de futebol Lucas Perdomo e mais uma garota às 7 horas do dia 21 de maio, um sábado. Eles teriam consumido bebidas alcoólicas e drogas – maconha e cheirinho da loló. Foram então a uma casa abandonada do Morro do Barão, na zona oeste do Rio.
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Três horas mais tarde, Raí, Lucas e a outra jovem saíram do local. Às 11 horas, a jovem que ficou estaria desacordada e teria sido retirada da casa pelo traficante Moisés Camilo de Lucena, o Canário. Ele, que está foragido, teria sido o primeiro a estuprá-la. O estupro seguinte ocorreria na noite de domingo.
“A gente tem a prova material que o Raphael, o Raí (Souza), o chamado Jefinho e o Moisés Lucena, o Canário, abusaram sexualmente dessa menina”, disse a delegada. Os policiais acreditam que outros possam estar envolvidos. Entretanto, as últimas investigações não indicam o número inicialmente divulgado – 30 os envolvidos. A polícia acredita que esse número era uma referência a uma letra de funk famosa na região.
Manifestações. Enquanto em todo o País ocorreram manifestações de apoio público à jovem violentada, na comunidade do Barão, moradores fizeram uma manifestação de apoio aos acusados. Pelo celular de Souza, a polícia descobriu áudios recebidos em que o chefe do tráfico da área mandava os moradores a participar. “Mano mandou ir no protesto. Se não for, é com eles mesmo. Mano mandou ir no protesto”, dizia a mensagem.