Polícia investiga morte de menino de 4 anos, que apresentou lesões e hemorragia internas

Mãe disse à polícia que ouviu um barulho e encontrou o menino caído no chão de seu quarto, de madrugada. Ele chegou morto ao hospital

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RIO - A Polícia Civil do Rio investiga a causa da morte de Henry Borel Medeiros, de 4 anos, ocorrida no último dia 8 no apartamento em que vivia com a mãe e o padrasto, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). Laudo necroscópico obtido pela TV Globo indicou que o menino morreu vítima de “hemorragia interna” e “laceração hepática causada por ação contundente”. A mãe disse à polícia que ouviu um barulho e encontrou o menino caído no chão de seu quarto, de madrugada. Ele chegou morto ao hospital.

Os pais de Henry – o engenheiro Leniel Borel de Almeida e Monique Medeiros da Costa Almeida – estavam separados desde setembro. Amãe passou a namorar e dividir a casa com o médico e vereador do Rio de Janeiro Jairo Souza Santos Júnior, o Doutor Jairinho (Solidariedade). Henry passou o dia 7, domingo, com o pai, que por volta das 19h o entregou à ex-mulher.

Polícia Civil do Rio de Janeiro investigar o caso do menino Henry Borel. Foto: Diego Reis/Polícia Civil RJ

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“Quando eu fui entregar (Henry) para a mãe, ele chorou muito, não queria ir, me agarrou. Toda vez que ele ficava muito nervoso, ele vomitava, ele vomitou, estava muito nervoso. Mas eu estava entendendo que era uma reação normal da criança, pelo menos era isso que estava sendo falado (por) psicóloga, mãe, avó: que era uma reação natural dele por causa do processo da separação e a nova casa”, contou Almeida à TV Globo.

À noite, Almeida recebeu da ex-mulher uma foto do filho preparado para dormir. Mas de madrugada Monique telefonou para o engenheiro. “(Às) 4h20 da manhã ela me ligou chorando”, contou à emissora. ‘Você está onde?’ ‘Estou indo para Macaé.’ ‘Vem correndo pro (hospital) Barra D’Or que o Henry está com dificuldade de respirar’. Cheguei no hospital, vi os médicos em cima do coração do menino e perguntando para a mãe o que tinha acontecido”.

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O engenheiro contou ter ouvido da ex-mulher que o menino fez um barulho estranho durante a madrugada e, quando foi até o quarto ver o que estava acontecendo, ela encontrou a criança com os olhos revirados e com dificuldade de respirar.

Registros de atendimento indicam que Henry chegou morto ao hospital. O engenheiro denunciou o caso à Polícia Civil e prestou depoimento no mesmo dia.

Laudo necroscópico obtido e divulgado pela TV Globo indicou a presença de várias lesões. Legistas constaram múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores; infiltração hemorrágica na região frontal do crânio, na região parietal direita e occipital (na parte da frente, lateral e posterior da cabeça); edemas no encéfalo; grande quantidade de sangue no abdome; contusão no rim, à direita; trauma com contusão pulmonar; laceração hepática (no fígado) e hemorragia retroperitoneal.

A polícia já sabe que não havia mais ninguém no apartamento além de Monique, Doutor Jairinhoe a vítima. A equipe médica que atendeu Henry no hospital ainda não prestou depoimento à polícia.

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A mãe e o padrasto da criança prestaram depoimento, separadamente, à 16ª DP (Barra da Tijuca) na quarta-feira, 17. Eles foram ouvidos como testemunhas - não estão sendo investigados, portanto. Depois de 12 horas, o casal deixou a delegacia às 2h30 desta quinta-feira, 18, e não quis dar entrevistas. Segundo a polícia, os depoimentos só ocorreram nove dias após a morte porque até então Monique estava em estado de choque.

O Estadão tenta ouvir os advogados ou outros representantes de Monique e Doutor Jairinho, mas não havia conseguido até a publicação deste texto. Ao jornal “Extra”, o vereador afirmou estar “triste”, “sem chão” e “suportando a dor graças ao apoio da família dos amigos”. O vereador classificou o enteado como “um menino incrível e doce”.

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