Rio Grande do Norte: Operação da polícia mira financiamento de líder de facção suspeita de ataques

Segundo as investigações, José Kemps Pereira de Araújo, do Sindicato do Crime, recebia R$ 150 mil por mês de quadrilha acusada de assaltos e tráfico de drogas

PUBLICIDADE

Por Letícia Araújo
Atualização:

Na manhã desta sexta-feira, 17, uma operação policial com mais de 100 agentes foi às ruas para desarticular uma organização criminosa no litoral sul do Rio Grande do Norte. Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social, a organização repassava dinheiro para José Kemps Pereira de Araújo, suspeito de ser um dos mandantes dos ataques coordenados a prédios públicos e veículos de transporte que ocorrem no Estado desde a noite de segunda-feira, 13.

O grupo é acusado de assaltos, tráfico de drogas e atentados contra agentes de segurança pública. De acordo com as investigações, aproximadamente R$ 150 mil por mês eram movimentados pela organização – dinheiro que era transferido para José Kemps Pereira de Araújo, um dos chefes do Sindicato do Crime, facção apontada como responsável pelos ataques. Araújo foi transferido da Penitenciária Estadual de Alcaçuz para o Presídio Federal de Mossoró na última quarta-feira, 14.

Depósito incendiado nesta semana por criminosos em Natal.  Foto: Alessandro Imperial/AFP

PUBLICIDADE

A Operação Normandia foi realizada em diferentes cidades no litoral sul do Rio Grande do Norte, com 30 prisões preventivas e 24 buscas. A ação contou com a atuação conjunta das Polícias Civil, Militar e Federal, com um efetivo de mais de 100 policiais.

Cidades do Rio Grande do Norte estão registrando uma onda de ataques coordenados contra prédios públicos e veículos desde a noite de segunda-feira. Os casos, que chegaram a mais de 50 cidades, incluindo a capital, Natal, consistem em incêndios de estruturas de prefeituras e do governo, além de ataques a tiros a bases policiais e sedes do Judiciário. Após pedido da governadora Fátima Bezerra (PT), o governo federal enviou integrantes da Força Nacional ao Estado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.