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Rio Grande do Norte: Polícia liga assassinato de comerciante com onda de ataques

Dono de mercardo, de 68 anos, foi morto após 4 homens invadirem seu estabelecimento; violência já atingiu mais de 30 cidades e governo fala em ordem de facção

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Por Letícia Araújo
Atualização:

Investigação da Polícia Civil do Rio Grande do Norte liga o assassinato do dono de um mercado na zona oeste de Natal, José Francisco da Silva, à onda de ataques no Estado. O comerciante, de 68 anos, foi morto na noite de quarta-feira, 15, em seu próprio estabelecimento. Conforme a polícia, o grupo tinha a intenção de incendiar o local, portando explosivos. Um dos suspeitos foi preso.

O mercado de Zezinho, como era conhecido, foi invadido por quatro homens. Ao tentar fugir, a vítima se envolveu em uma luta corporal com um dos assaltantes, quando foi alvejado. Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu.

Garagem de ônibus da cidade de Tibau do Sul registrou incêndio. Foto: Reprodução/Twitter Foto: Reprodução/Twitter

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O suspeito detido, que foi atingido por um dos tiros, e foi capturado pela polícia após ir ao hospital. Segundo a Polícia Civil, há vídeos de câmeras de segurança que mostram a ação da quadrilha. No total, 69 suspeitos foram presos até agora.

Os ataques no Rio Grande do Norte começaram na segunda-feira, 13, com ataques a bases da polícia e veículos queimados, e já atingiram mais de 30 cidades. Segundo o governo potiguar, a onda de violência ao endurecimento das medidas de controle no sistema carcerário. Agora, diz a Secretaria da Segurança, os detentos reivindicam TVs e visitas íntimas, entre outras medidas. Por outro lado, prisões potiguares já foram alvo de denúncias de maus tratos contra os internos.

A principal suspeita é de que os ataques foram ordenados pelo Sindicato do Crime, facção que domina os presídios do Rio Grande do Norte. Diante dos ataques, a administração penitenciária suspendeu as visitas de familiares e advogados aos presos. O Ministério da Justiça enviou a Força Nacional ao Estado após pedido da governadora Fátima Bezerra (PT).

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