Sua cidade é uma das que mais têm roubo de celular? Quais os aparelhos mais visados? Veja aqui

Levantamento do Anuário da Segurança Pública considera cidades com mais de 100 mil habitantes; governos dizem investir em tecnologia e esforço integrado contra os crimes

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Foto do author Marcio Dolzan
Foto do author Ítalo Lo Re
Atualização:

O Brasil registrou média de praticamente dois roubos ou furtos de celular por minuto no ano passado, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira, 18. Ao todo, quase um milhão de aparelhos foram subtraídos em 2023.

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Capitais, incluindo São Paulo, aparecem no topo do ranking de cidades onde esse crime é mais frequente, segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública com base em dados das secretarias da Segurança Pública. O estudo traz um levantamento das 50 cidades do País com mais de 100 mil habitantes onde esse tipo de delito está em alta.

Ao todo, 15 cidades paulistas integram o grupo. Depois da capital, aparecem principalmente municípios da região metropolitana, como Itapecerica da Serra (13), Diadema (14) e Poá (18).

Como tendência, os delitos de rua, como roubos, têm apresentado queda no País, mas os celulares oferecem outras oportunidades para os bandidos. Além do valor do aparelho em si, os criminosos muitas vezes visam os smartphones como ferramenta para aplicar golpes virtuais.

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“O aparelho celular ainda é o meio híbrido que faz a passagem do crime patrimonial, de rua, para o crime patrimonial virtual-cibernético”, explica Renato Sérgio de Lima, presidente do Fórum.

Hábito de andar com celular na mão gera riscos de roubo nas grandes cidades Foto: Werther Santana/Estadão

De fato, o estelionato, especialmente aquele praticado por meio virtual, cresceu 8,2% no ano. Entre os motivos para a alta, está a popularização do Pix, ferramenta do Banco Central que permite transações financeiras gratuitas, e outros aplicativos bancários.

Para os criminosos, crimes virtuais oferecem menos risco e penas menores.

O estudo do Fórum mostra que os smartphones da Samsung foram os mais roubados ou furtados, com 37,4% dos casos. Apple (25%), Motorola (23,1%) e Xiaomi com 10% completam a lista dos mais roubados.

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Apesar de aparecer em segundo na lista, os Iphones da Apple representam apenas 10% do total de aparelhos do mercado nacional; assim, proporcionalmente são os mais visados pelos criminosos. “O que, dito de outra forma, implica em reconhecer que usuários da Apple, talvez por ser uma marca com aparelhos mais caros, correm mais riscos de serem vítimas de roubos e furtos de celular do que em relação a outras marcas”, diz o relatório do Fórum.

Ainda segundo o Fórum, 35% dos casos de furto de aparelhos são registrados aos finais de semana. Já os roubos são mais frequentes entre terça e sexta-feira.

Estados dizem investir em tecnologia e esforço integrado contra o crime

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo diz atuar “permanentemente para coibir os crimes patrimoniais, incluindo os roubos e furtos de celulares”. O trabalho conjunto das polícias Civil e Militar, continua a pasta, “geraram queda de 12,4% em crimes desta natureza no Estado em 2023, em comparação com 2022, e também em cinco das cidades citadas: São Paulo (- 11,9%), Diadema (- 40%), Ferraz de Vasconcelos (- 21%), Itapecerica da Serra (- 3%) e Guarujá (- 38%)”.

A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas informa que “está em fase final na aquisição de novas tecnologias”, que irão auxiliar as polícias Militar e Civil na redução de crimes e na recuperação de aparelhos.

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Já a pasta da Segurança Pública da Bahia destaca que “são constantes os investimentos em tecnologia, inteligência, equipamentos, capacitação e reforço dos efetivos, com o objetivo de combater as organizações criminosas que violentam as comunidades”. O Estado tem duas cidades no top 5 (Salvador e Lauro de Freitas).

As forças de segurança, acrescenta a pasta, “atuam com rigor, dentro da legalidade e com firmeza contra grupos criminosos envolvidos com tráficos de drogas e armas, homicídios, roubos e corrupção de menores”.

Procurado, o Banco Central listou dicas de como a população pode se proteger de golpes bancários:

  • Não transferir dinheiro a pedido de conhecidos enviado por aplicativos de mensagens (WhatsApp ou Telegram, por exemplo), principalmente para a conta de outra pessoa que não é conhecida. É indicado telefonar antes ou encontrar a pessoa, confirmando se ela realmente fez o pedido;
  • Não aceitar ajuda de estranhos para pagar contas, sacar dinheiro ou fazer outra operação em caixa eletrônico. Pedir ajuda somente a funcionários do banco, que devem estar identificados com crachá e uniforme com o nome do banco;
  • Desconfiar de promessas de herança, doação ou prêmios em moeda estrangeira (dólar, por exemplo) e não transferir dinheiro para o exterior para receber um valor prometido;
  • Não fornecer o cartão ou senha a outras pessoas, mesmo que conhecidas;
  • Se ainda tiver dúvidas, consultar os canais oficiais do banco.

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