RIO - A menos de um mês do início do carnaval de 2023, um advogado ajuizou ação popular na Justiça do Rio na tarde desta sexta-feira, 27, pedindo a interdição do Sambódromo do Rio por falta de documentação do Corpo de Bombeiros, informou o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).
A Justiça determinou que a prefeitura do Rio, o prefeito Eduardo Paes (PSD) e a Riotur informem e comprovem, no prazo de 24 horas contados a partir de sua intimação, o cumprimento das exigências do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar para a realização dos ensaios técnicos das escolas de samba no local. Estão previstos ensaios neste sábado, 28, e domingo, 29.
A decisão foi da juíza Mirela Erbisti, da 3ª Vara de Fazenda Pública da Capital. Segundo ela, o autor da ação, que não teve o nome divulgado, não apresentou provas capazes de concluir, por si só, a falta de autorização do Corpo de Bombeiros.
“Alega o autor que nesse ano a ausência de autorização se repete, o que, entretanto, ainda carece de contraditório. Note-se que o que consta dos autos não é suficiente para concluir que inexiste a autorização em questão. Intime-se os réus para que informem e comprovem em 24 horas o cumprimento das exigências do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar”, determinou a magistrada.
Ensaios técnicos
Se não for interditado, o Sambódromo vai receber, a partir das 19h30 deste sábado, os ensaios técnicos de quatro escolas da Série Ouro, a segunda divisão das escolas de samba do Rio: União de Jacarepaguá, Acadêmicos de Vigário Geral (20h30), Unidos de Padre Miguel (21h30) e Porto da Pedra (22h30). No domingo será a vez dos ensaios de duas escolas do Grupo Especial: Mocidade Independente (20h30) e Mangueira (22h).
A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), que representa as agremiações do Grupo Especial, informou que até as 20h desta sexta-feira não havia sido informada sobre a decisão judicial e que por isso não iria comentar.
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