Sem permissão, venezuelana atua como médica no Rio

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A médica venezuelana Laura Constanza Torrente Gonzalez, de 30 anos, foi indiciada por falsidade ideológica por ter usado o carimbo de uma médica brasileira durante o transporte de um paciente em uma ambulância no Rio. Ela foi detida no Hospital do Andaraí, na zona norte da cidade, depois que funcionários desconfiaram de sua atitude por não seguir protocolos básicos, pediram a documentação da venezuelana e chamaram a polícia.Segundo policiais, uma médica identificada como Roberta deveria acompanhar o paciente na ambulância, mas ela teria passado mal e não participou do transporte. A venezuelana fez a transferência e se identificou com seu nome verdadeiro, mas usou o carimbo de Roberta nas fichas do paciente.Laura tem uma carteira de identidade de estrangeiro temporária e está no Brasil para um curso de pós-graduação. Os advogados da venezuelana disseram à polícia que ela é formada em Medicina, mas que não tem permissão para exercer a atividade no Brasil. A defesa garantiu que a médica não fez nenhum procedimento médico, o que seria crime de exercício ilegal da profissão.O Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) explicou que os cursos de pós-graduação são obrigados a enviar uma lista de alunos estrangeiros ao órgão para designar um médico responsável por suas condutas. Profissionais de outros países não podem atuar fora das instituições de ensino por não possuírem registro profissional no Brasil. "Ela não poderia sequer estar dentro da ambulância como médica", explica presidente do Cremerj, Luís Fernando Moraes.

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