Após passar mais de cinco semanas hospitalizado, o papa Francisco, de 88 anos, retornou no último domingo para a Casa de Santa Marta, residência em que vive, mas ficará um período em repouso e afastado do trabalho.
Francisco está com acesso a oxigênio suplementar e cuidados médicos 24 horas por dia. A equipe, entretanto, espera que ele precise de menos assistência respiratória à medida que seus pulmões se recuperem.
Embora a infecção por pneumonia tenha sido tratada com sucesso, o pontífice continuará tomando medicação oral por um bom tempo para tratar a infecção fúngica em seus pulmões e seguirá sua fisioterapia respiratória e física.
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O papa argentino não está recebendo visitas devido à recomendação de evitar encontros, tanto individuais quanto em grupo. Nos últimos dias, ele só viu seus colaboradores mais próximos.
Não há previsão para as visitas planejadas de chefes de Estado e de governo, nem de quando ocorrerá a sua próxima aparição pública. Na quarta, 26, por conta do quadro de saúde, o rei Charles III adiou a visita ao Vaticano, incialmente prevista para o início de abril.

O papa deve permanecer convalescente por pelo menos dois meses. Apesar da necessidade de repouso, recebeu alta pois “o hospital, embora possa parecer estranho, é o pior lugar para convalescença: é onde a maioria das infecções são contraídas”, explicou o cirurgião italiano Sergio Alfieri, de 58 anos, principal responsável pela saúde de Francisco.
“A convalescença é, por definição, um período de recuperação, então é claro que durante o período de convalescença não poderá manter seus compromissos diários habituais”, afirmou o médico.
O pontífice ficou “muito feliz” quando soube que deixaria o hospital, contou Alfieri. “Estava há três ou quatro dias nos perguntando quando poderia voltar”, relata.
O papa Francisco ficou internado por uma pneumonia dupla que colocou sua vida em perigo duas vezes./ COM INFORMAÇÕES DA AFP