A avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva piorou em setembro por causa da crise no Senado, da maneira como o Executivo tem lidado com a questão da gripe suína e do escândalo envolvendo a ex-secretária da Receita Lina Vieira e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). A avaliação positiva do governo caiu para 65,4 por cento ante 69,8 por cento no final de maio, mostrou uma pesquisa Sensus divulgada nesta terça-feira. "O índice de aprovação continua significativamente alto mas há uma queda efetiva", disse Ricardo Guedes, responsável pela pesquisa. "Estatisticamente a principal variável é a saúde." A avaliação negativa passou para 7,2 por cento, em comparação com os 5,8 por cento anteriores, enquanto para 26,6 por cento dos entrevistados o governo é regular, ante 23,9 por cento da sondagem de maio. ELEIÇÃO O levantamento mostrou como líder das intenções de voto o governador paulista, José Serra (PSDB), com 39,5 por cento, enquanto Dilma (PT) aparece com 19,0 por cento. A novidade no cenário principal foi a inclusão da senadora Marina Silva, que no mês passado trocou o PT pelo PV, e que surge com 4,8 por cento, ainda bem atrás de Heloisa Helena (PSOL), com 9,7 por cento. A pesquisa CNT/Sensus foi realizada entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro com 2.000 entrevistados em 136 municípios. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. Num eventual segundo turno entre os dois principais candidatos, Serra ficou estável em 49,9 por cento --uma variação positiva de 0,2 ponto percentual. Já Dilma caiu para 25,0 por cento, ante 28,7 por cento. (Reportagem de Fernando Exman)
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