O empresário Rogério Andrade, sobrinho do bicheiro Castor de Andrade, morto há quatro anos, sofreu na madrugada desta terça-feira uma tentativa de homicídio. O fuzileiro naval da reserva Eduardo Oliveira da Silva, de 48 anos, tentou matá-lo com tiros de pistola, quando Andrade chegava à casa da namorada, Verônica Garrido, no 15º andar de um apart-hotel, na Avenida Sernambetiba, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. O empresário, que estava acompanhado de Verônica, brigou com o criminoso, que acabou fugindo. Vinte minutos depois, porém, policiais da 16ª DP (Barra) conseguiram localizar Silva, que estava hospedado há 15 dias no mesmo apart-hotel. Na delegacia, o fuzileiro naval contou que receberia R$ 20 mil pelo asssassinato do empresário, mas não quis revelar o nome do mandante do crime. A polícia suspeita, porém, que o mandante seria o bicheiro Fernando Ignácio Miranda, genro de Castro de Andrade. Ignácio e Rogério Andrade disputam o controle da exploração de máquinas de caça-níqueis na zona oeste. ?Vamos analisar as chamadas realizadas e recebidas pelo celular do Eduardo para chegar ao mandante?, disse o delegado Alexandre Luxardo, da 16ª DP, que já pediu a quebra de sigilo telefônico de Andrade. Segundo policiais da Secretaria Estadual de Segurança, o celular do fuzileiro Eduardo Oliveira Silva, preso pela tentativa de homicídio, registrou uma ligação para Fernando Ignácio. Em depoimento na delegacia, Rogério Andrade negou seu envolvimento com a máfia dos caça-níqueis e acrescentou que não sabe quem seria o mandante do crime. Miranda não quis comentar o caso.
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