Foi negado o pedido de liberdade ao empresário chinês naturalizado brasileiro Law Kin Chong. A decisão é do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Raphael de Barros Monteiro Filho, que negou a solicitação de habeas-corpus feito pelos advogados do empresário. De acordo com o STJ, a defesa de Law Kin Chong alegou constrangimento ilegal na manutenção da prisão preventiva do empresário e sustentou que ele preenche os requisitos que autorizam a liberdade provisória. A defesa argumentava que seu cliente, que é apontado pela Polícia Federal (PF) como o maior contrabandista do País, não oferece risco à ordem pública e que o crime atribuído a ele tem baixo grau de repulsa. Chong foi preso em 14 de novembro do ano passado, depois de o prefeito Gilberto Kassab ter comandado uma operação para fechar o Shopping Pari, um centro popular de compras na zona leste de São Paulo voltado para os camelôs de propriedade do chinês naturalizado brasileiro. Na época, a Polícia Federal o autuou em flagrante, logo após a blitz em que produtos falsificados e contrabandeados foram apreendidos em seu estabelecimento. Condenado por corrupção, o "rei da 25 de Março" ainda responde na Justiça a dois processos por contrabando e formação de quadrilha. Law foi preso em junho de 2004, depois de ser filmado tentando subornar o ex-deputado Luiz Antonio de Medeiros para que seu nome não fosse incluído no relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pirataria. Ele esteve detido em Brasília, em Guarulhos e no Instituto Agrícola de Bauru, no interior paulista. Foi colocado em liberdade em junho pelo juiz Enio Moz Godoy, da 2ª Vara de Execuções Criminais de Bauru, para cumprir pena em regime aberto.
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