SÃO LUÍS – O único suspeito de assassinar a sobrinha-neta do ex-presidente da República José Sarney teve sua prisão preventiva decretada pela juíza Andréa Maia. De acordo com a magistrada, o fato de Lucas Porto, o acusado, ter laços de parentesco com familiares da vítima e proximidades com testemunhas "representa risco concreto de intimidá-las". Sendo assim, ele permanecerá no Centro de Triagem do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
O empresário continua negando ter cometido e vem se recusando a fornecer informações, como o destino dado às roupas que usava quando entrou no apartamento da vítima pela primeira vez, segundo informou o secretário de Segurança, Jefferson Portela, na tarde de segunda-feira, 14.
Portela explicou que tanto o Instituto Médico Legal (IML), o Instituto de Criminalística e Medicina Legal (Icrim) e o Instituto de Genética Forense estão trabalhando na perícia técnica. “O exame de corpo de delito revelou marcas de ações criminosas contra a vítima. O conjunto de elementos periciais indicam que o Lucas Porto figura como o principal suspeito na morte de Mariana Costa”, disse o secretário.
Inquérito. De acordo com as investigações apresentadas pelo delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Lawrence Melo, Mariana chegou ao seu apartamento por volta das 15hdo domingo, 13, acompanhada das duas filhas e do cunhado. Lucas entrou no apartamento e permaneceu por cerca de 40 minutos, depois ele desceu pelas escadas de forma rápida. Ao sair do prédio, ele realizou uma ligação de cerca de oito minutos e depois foi embora. O empresário ainda retornou ao prédio depois, usando outra roupa, quando foi abordado pelos delegados, que já estavam de posse das imagens das câmeras de segurança.
Segundo relatos de familiares e amigos, Lucas Porto ainda foi ao hospital em que Mariana Costa foi levada, ele ainda chegou a consolar a família.
Não foi a primeira prisão do homem. O empresário foi acusado em 2007 por estelionato, porte ilegal de arma e falsa comunicação de crime. Na época, Lucas foi preso em flagrante com uma pistola calibre 765. Ele teria forjado o roubo de veículos para conseguir ressarcimento do seguro.
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