A taxa de desemprego brasileiro voltou a cair em agosto e ficou abaixo da previsão do mercado ao atingir 5,3 por cento, indicando que o setor de trabalho continua mostrando força no Brasil, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa registrada em agosto foi a menor para o mês desde que a série começou em 2002. Depois de subir para 5,9 por cento em junho, a taxa recuou para 5,4 por cento em julho. Os números de junho e julho foram divulgados também nesta quinta-feira, uma vez que uma greve dos servidores do órgão havia impedido a finalização da taxa para sua divulgação nos meses anteriores. Pesquisa da Reuters mostrou que, pela mediana das previsões de 13 analistas consultados, a taxa de agosto ficaria em 5,60 por cento. As estimativas variaram entre 5,40 e 5,90 por cento. SALÁRIOS O rendimento médio da população ocupada em agosto atingiu 1.758,10 reais, um aumento de 1,9 por cento em relação a julho e de 2,3 por cento na comparação com agosto de 2011. O IBGE informou ainda que a população ocupada cresceu 0,7 por cento em agosto na comparação com julho, e aumentou 1,5 por cento ante o mesmo período do ano anterior, totalizando 23 milhões de pessoas nas seis regiões metropolitanas avaliadas. Já a população desocupada chegou a 1,3 milhão de pessoas, queda de 10,6 por cento sobre um ano antes. Os desocupados incluem tanto os empregados temporários dispensados quanto desempregados em busca de uma chance no mercado de trabalho. Por sua vez, o número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado chegou a 11,4 milhões em agosto, estável frente a julho. Na comparação com agosto de 2011, entretanto, houve aumento 3,2 por cento, o que representou um adicional de 356 mil postos de trabalho com carteira assinada. O baixo nível de desemprego e o aumento da renda têm ajudado na atividade econômica, cambaleante devido à crise internacional porém dando os primeiros sinais de melhora. Tanto o setor varejista como o leve crescimento da produção industrial ajudaram a economia iniciar o terceiro trimestre com um ritmo de expansão um pouco mais forte do que o esperado pelo mercado, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). (Reportagem de Diogo Ferreira Gomes)
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.