O clima típico de deserto com dias quentes, madrugadas frias e a umidade do ar baixa provoca um aumento de 30% nos atendimentos hospitalares de crianças. Vítimas do vento frio de madrugada e da secura provocada pela umidade do ar média entre 30% e 35%, as crianças entram nos prontos-socorros de Goiânia reclamando da coriza, e em geral apresentam ressecamento da mucosa nasal. "O atendimento das crianças aumentou em 30% na área respiratória", afirmou o pediatra Domingos Batista Cordeiro Filho, chefe do posto do Centro Integrado de Assistência Médico-Sanitária (Ciams), em Goiânia. "As doenças mais comuns são a laringite, asma, resfriados, rinites alérgicas e até mesmo pneumonia", revelou Cordeiro Filho. A massa de ar seco cobre outros 10 Estados e o Distrito Federal. O tempo e a vegetação secos criam outros transtornos, como focos e queimadas na vegetação. De acordo com dados da Operação Cerrado Vivo, do Corpo de Bombeiros, em Goiás os focos subiram de um total de 17 para 148 (87,3%), entre os meses de abril e maio, quando surgiram os primeiros sinais do clima de deserto. Os números saltaram em 154,1% a mais em junho, quando foram registrados 376 focos em lotes baldios, em áreas próximas à região metropolitana de Goiânia e na vegetação à beira das rodovias que cortam o Estado. A previsão é a de que, no final do mês de julho, estes números terão crescido em mais 100%. Porém os chamados focos de calor, queimadas e incêndios florestais costuma ocorrer, anualmente, até o mês de novembro.
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