Thor Batista participa de audiência por morte de ciclista

Seis testemunhas de acusação e duas de defesa foram ouvidas; filho do empresário Eike Batista responde por homicídio culposo

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Por Redação
Atualização:

Texto atualizado às 18h37.

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RIO DE JANEIRO - Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, assistiu nesta quarta-feira, 12, no fórum de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a primeira audiência de instrução do processo a que responde por ter atropelado e matado o ciclista Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos, em março. Seis testemunhas de acusação e duas de defesa foram ouvidas pela 2ª Vara Criminal de Caxias.

Acusado de homicídio culposo (sem intenção de matar), Thor, que foi acompanhado de advogados e seguranças, apenas ouviu; será interrogado na próxima audiência, só em dezembro. Nesta quarta, a audiência começou às 13h e foi conduzida pela juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza. De acordo com o Fórum de Duque de Caxias, Thor chegou ao local por volta das 12h.

A defesa acredita que os relatos de ontem foram favoráveis a ele. A Justiça não divulgou o teor dos depoimentos. Thor dirigia a 135 km/h quando seu carro se chocou contra Santos, que vinha de bicicleta na Rodovia Washington Luís. O limite de velocidade era 110 km/h.

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Punição. Thor Batista ficou dois meses sem o direito de dirigir por determinação da 2ª Vara de Duque de Caxias, medida concluída 60 dias depois do acidente. A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) voltou às mãos do acusado em 20 de julho, quando a Justiça acolheu mandado de segurança impetrado pelos criminalistas Celso Villardi e Márcio Thomaz Bastos.

O acidente ocorreu em 17 de março na Rodovia Washington Luís. O filho de Eike dirigia a Mercedes-Benz SLR McLaren a 135 km/h, segundo a perícia da Polícia Civil. A velocidade máxima permitida na via é de 110 km/h. Os advogados de Thor contestam a perícia e alegam que, segundo laudo particular, o carro estava trafegando com velocidade entre 87,1 km/h e 104,4 km/h.

Em 16 de maio, o Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro denunciou Thor à Justiça por homicídio culposo (sem intenção de matar). Na data, o MP também pediu a suspensão imediata do direito de dirigir do acusado.

De acordo com informações da denúncia, momentos antes do atropelamento, o filho do empresário chegou a ultrapassar um ônibus pela faixa da direita e repetiu a manobra ao ultrapassar um carro.

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Para pedir a suspensão da carteira de motorista de Thor, o MP levou em consideração as 11 infrações de trânsito registradas em sua carteira de habilitação, nove delas por excesso de velocidade. Caso condenado, Thor Batista poderá cumprir de 2 a 4 anos de prisão.

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