Turista estrangeira relata ter sido vítima de estupro coletivo em boate no Rio

Jovem diz ter conhecido na casa noturna um rapaz que a convidou para espaço reservado; ela foi e ali teria sido violentada por outros homens

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Atualização:

Uma turista estrangeira de 25 anos afirma ter sofrido um estupro coletivo dentro de uma boate na Lapa, região central do Rio, na madrugada do domingo, 31. O caso foi denunciado à Comissão da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que encaminhou a jovem à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), onde foi feito o registro policial.

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Segundo a polícia, a mulher – cuja nacionalidade não foi divulgada, apenas que é sul-americana – foi à boate, chamada Portal Club, e conheceu, lá dentro, um rapaz que a convidou para um espaço reservado, chamado “dark room” (sala escura). Ela relatou que aceitou o convite e, dentro desse espaço, foi violentada por outros homens, que ela supõe serem amigos desse que a convidou.

A Polícia Civil informou que busca imagens de câmeras de segurança que mostrem o que ocorreu na boate ou ao menos permitam identificar as pessoas acusadas pela mulher. Ela está em férias no Rio e viajaria nos próximos dias para a Bahia, onde permaneceria um ano estudando língua portuguesa.

Traumatizada, a mulher desistiu de continuar no Brasil e faz os trâmites para retornar ao seu país de origem, segundo informou a deputada estadual Renata Souza (PSOL). A parlamentar também ressaltou a necessidade de obter as imagens de dentro da boate.

Fachada da boate Portal Club, no bairro carioca da Lapa, onde estrangeira afirma ter sido estuprada por vários homens Foto: Reprodução/TV Globo

Em nota, a Portal Club afirmou que “repudia veementemente e nunca irá apoiar qualquer forma de intolerância, opressão ou violência contra as mulheres”.

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O texto segue: “Assim que tomamos conhecimento do incidente, a casa prontamente acolheu a vítima e se colocou à disposição das autoridades para que os fatos sejam imediatamente investigados e esclarecidos. Além disso, fornecemos as imagens e áudio do circuito de segurança aos responsáveis pela investigação, onde será provado todo o apoio que prestamos à vítima, juntamente com os dados dos clientes presentes no dia, que tenham colocado o nome na lista ou comprado ingresso antecipadamente”.

E a nota termina: “Como uma casa LGBTQIA+, estamos e estaremos sempre empenhados em lutar pelos direitos das minorias e das mulheres”.